Marketplaces industriais ampliam as compras empresariais e agilizam negócios

Marketplaces industriais ampliam as compras empresariais e agilizam negócios

Com as mudanças no setor de compras empresariais, o comércio eletrônico B2B torna as empresas mais eficientes e agrega maior valor aos negócios

O setor de compras das empresas vem passando por grandes mudanças nos últimos anos. Porém, é importante destacar que antes dessas alterações temos vivido uma transformação social. Antes de 2020, por exemplo, o público envolvido no processo de compras era composto por baby boomers, ou seja, pessoas entre 40 e 50 anos, e geração X, na faixa dos 60 anos de idade. Ambos preferiam buscar informações em planilhas, feiras, anúncios impressos e tinham como principal elemento em negociação o face a face. Hoje, mais de 70% dos millenials, ou profissionais entre 28 e 40 anos, já estão no processo de compras nas empresas e essa geração cresceu no berço da tecnologia e negócios digitais.

Eu conversei com o diretor geral do maior marketplace industrial do País, o Melhor Indústria, Diego Rodrigues, e ele me explicou que a nova geração de Millenial busca cada vez mais por eficiência e agilidade nos processos de compra, procurando um representante comercial apenas para consultas técnicas de produtos.

Segundo o executivo, um cenário que impulsionou ainda mais as empresas a buscarem pela Inovação e a digitalização foi a pandemia. A partir daí, as empresas intensificaram as buscas por novas tecnologias em toda a cadeia produtiva. Para o ambiente de compras, especificamente, uma das tecnologias que impulsionou os negócios e tornou a vida dos compradores mais eficiente e ágil foi a do e-commerce B2B, dando a esse público tudo o que ele precisa com uma simples consulta na internet.

Novas tecnologias

O diretor do marketplace Melhor Indústria me informou que os olhares dos executivos, hoje, estão voltados para o uso de novas tecnologias, visando maior produtividade e menor custo.

Aliás, Diego Rodrigues faz questão de destacar que a tecnologia 5G também está trazendo um elemento a mais e reforça a excelência de soluções digitais. Profissionais do setor de compras que aplicam o uso dessas tecnologias como a de um comércio eletrônico B2B, ou seja, empresas comprando de outras empresas, se tornam mais eficientes e trazem para seus negócios um valor maior. E isso pode ser comprovado através de pesquisas que mostram que apenas 20% dos compradores do mercado B2B querem retornar aos atendimentos presenciais.

Vantagens do marketplace

No cenário do comércio eletrônico uma das tecnologias que mais vem crescendo é do Marketplace B2B, que nada mais é do que uma plataforma que conecta vários fornecedores a vários compradores.

Hoje fornecedores de diversas localidades do Brasil podem estar vendendo seus produtos a vários clientes em diferentes localidades. Aliás, o diretor do Melhor Indústria me explicou que a adesão por um marketplace permite os fornecedores ampliarem seu canal de venda, além de trazer maior sustentabilidade e austeridade à sua empresa, uma vez que o custo da aquisição de um cliente é bem menor do que se o fornecedor for trabalhar de maneira face a face.

Já para compradores o uso do marketplace é a declaração da independência do fornecedor que atende há anos, mas que muitas das vezes se vê preso, por não saber se no mercado possui outra opção para aquele determinado produto que ele compra.

Proposta do marketplace

Num marketplace a proposta é levar a maior oferta de produtos, serviços e opções de fornecedores aos compradores das empresas e que muitas das vezes o custo do produto acaba sendo menor para o comprador.

Outro ponto que o diretor do Melhor Indústria faz questão de destacar é que não são todas as empresas que chegam a todos lugares do Brasil, sem contar que o custo de deslocamento de um representante comercial ou ampliação da equipe de vendas pode ser alto e demorado, sendo praticamente impossível atingir 100% de clientes potenciais.

Além disso, quanto menor o cliente ou seu volume de pedidos, pior fica a relação entre o custo de venda e atendimento pelo lucro do pedido, dificultando o relacionamento e fidelização. Como consequência, o meio digital se tornou o caminho mais simples para alcançar os usuários.

Recursos humanos mais eficientes

O uso da tecnologia permitiu as empresas tornar seus recursos humanos mais eficientes e gerar um valor agregado maior às empresas. Diego Rodrigues informa que hoje os profissionais são treinados para trabalhar na inteligência do seu negócio.

“Mudamos as atividades desses compradores que até então eram totalmente para processos manuais, tendo que realizar suas negociações baseadas em histórico de compras, especificação de produtos. Com a aplicação de um BI (business intelligence) por exemplo, os compradores fazem a escolha de um fornecedor, de um produto com base em estatísticas, em números. Para os vendedores, também há uma transformação grande, os produtos que antes havia a necessidade de habilidades e conhecimentos técnicos, já virou commodities, esses vendedores hoje são treinados e capacitados para soluções de valor agregado, na venda de serviço, estão treinados para levar a seus clientes predições que estão ligadas na diminuição de máquinas paradas, vendendo soluções de inteligência artificial para melhoria de sua cadeia de produção”, explica o diretor do marketplace Melhor Indústria.

Melhor Indústria

O marketplace Melhor Indústria foi criado durante o período pandemia de Covid-19, justamente olhando o avanço do uso das tecnologias e transformação digital que as empresas têm passado. Segundo Rodrigues, uma visão a longo prazo dá ao marketplace uma projeção de crescimento atingindo um GMV ano de 100MBRL e um marketshare de mercado de 15%.

O Melhor Indústria conta com mais de 80 sellers vendendo seus produtos e com uma base de mais de 40 mil clientes por mês, acessando a plataforma e efetivando suas compras. São mais de 110 mil produtos anunciados no marketplace, que vem crescendo 20% ao ano.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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