Planejamento previdenciário de empresários: confira por onde começar

Planejamento previdenciário de empresários: confira por onde começar

Com ritmo intenso de trabalho, o empreendedor, muitas vezes, se esquece de que precisa preparar a sua aposentadoria. Por isso, é muito importante fazer, o quanto antes, um plano de previdência. O primeiro passo para quem precisa ter o seu planejamento previdenciário é buscar um especialista na área e analisar o tempo de contribuição. Além disso, é possível planejar com antecedência como serão feitos os próximos pagamentos do INSS.

“A ideia é que um profissional analise se as contribuições do empresário estão de acordo com os códigos corretos. Ele também irá trabalhar na verificação dos períodos de contribuição conforme a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) prestando serviço para outra empresa. Tudo isso vai somar no planejamento previdenciário”, indica a advogada previdenciária do Brisola Advocacia, Adrieli Rezende (foto).

Portanto, uma aposentadoria destinada ao empresário vai utilizar os períodos que ele recolheu nesta atividade, como contribuinte individual no INSS, e também outras atividades que constam em seu histórico contributivo, incluindo contribuições anteriores ou posteriores a esse período.

“Realiza-se um mapeamento de todas as atividades exercidas para se descobrir em qual data será a aposentadoria e qual a melhor regra previdenciária. Muitas vezes a pessoa está na eminência de se aposentar, mas, se esperar um pouco, trabalhando mais três anos, por exemplo, garante uma renda melhor”, explica a especialista.

Empresário, a hora de fazer o planejamento previdenciário é agora

A especialista orienta que o ideal é não esperar muito tempo para realizar um planejamento previdenciário. A verdade é que, quanto mais se espera, menos controle se tem sobre a aposentadoria, segundo a advogada.

“Se já começou a contribuir, indico que já faça o planejamento. Mas vamos pensar numa idade propícia para isso: próximo aos 40 anos. Ou seja, passando dos 35 anos, é indicado entender os seus direitos previdenciários, porque há tempo hábil para correções de percurso e também para visar uma renda que seja a mais próxima da desejada”, orienta.  “Mas sempre há tempo, caso já tenha passado desse período, pois ainda é possível buscar os recursos para se organizar”, garante.

Veja como está a sua situação previdenciária

Há muitos casos e situações previdenciárias na área empresarial. Existem as experiências de quem já foi CLT e depois montou uma empresa e recolheu como contribuinte individual nesse período.

“Todas essas situações são verificadas, incluindo os períodos especiais se a atuação envolve um ambiente insalubre – o que aumenta o tempo de contribuição. Ou seja, essa análise também está embutida no planejamento previdenciário. Uma pessoa que tinha 30 anos de contribuição pode pensar que está longe de se aposentar, mas com a análise, descobre que está, na verdade, próximo dos 40 anos de contribuição e acaba se enquadrando em uma das regras previdenciárias”, exemplifica.

É possível se aposentar e continuar trabalhando?

Muitos empreendedores gostam e querem continuar trabalhando após a aposentadoria. Nesse caso, para continuar trabalhando, depende da regra com a qual o empresário se aposentou.

Um aposentado que utilize apenas períodos especiais, recebendo a aposentadoria dessa categoria, não pode continuar trabalhando. Será necessário se afastar da atividade que originou o benefício. Mas atenção: não é possível ficar trabalhando na mesma atividade.

Já para as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade não há nenhuma restrição. Além de trabalhar, a pessoa pode continuar recolhendo as contribuições para o INSS.

“Se a pessoa aposentada continua exercendo uma atividade remunerada, precisa obrigatoriamente continuar recolhendo para o INSS”, esclarece Adrieli.

E como a “revisão da vida toda” pode contar a favor do empresário?

A “revisão da vida toda” interessa para aqueles empresários que tiveram o seu maior tempo contributivo e as suas melhores contribuições antes de 1994, desde que a pessoa já tenha sido aposentada.

“A ‘revisão da vida toda´ é justamente para aqueles que já se aposentaram e, no cálculo de aposentadoria, não foram computadas as contribuições antes de julho de 1994”, informa.

Como contribuir para o INSS?

Por fim, é importante que o empresário confira como realizar o recolhimento das contribuições do INSS, conforme cada categoria. Elas variam conforme a atividade desempenhada pelo empreendedor.

É importante que o empresário observe a alíquota e o código correto, porque existem categorias e alíquotas diferenciadas para cada caso.

Vale ressaltar que todas as dúvidas podem ser resolvidas com uma boa assessoria jurídica, como complementações de informações conforme a situação específica do contribuinte.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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