Bank as a Service tem potencial de crescimento de 15,7% ao ano

Bank as a Service tem potencial de crescimento de 15,7% ao ano

Segundo a agência de pesquisa Future Market Insights, o mercado de Bank as a Service faturou em 2020 mais de US$ 2,5 bilhões, e a expectativa é que na próxima década alcance nada menos do que US$ 12,2 bilhões, crescendo a uma taxa média de 15,7% ao ano até lá – o potencial do BaaS está no fato de possibilitar a qualquer empresa oferecer produtos financeiros adaptados às necessidades de seus clientes. “Postos de gasolina, supermercados, farmácias e outros pontos de venda podem ser usados como uma infraestrutura de serviços bancários”, exemplifica Carlos Eduardo Benitez, CEO da BMP, pioneira em oferecer BaaS no país.

Para ele, a construção de produtos direcionados para cada atividade, segmento e negócio foi ficando cada vez mais fácil com a tecnologia. Mas é importante lembrar que ter um cartão pré-pago espelhado em um aplicativo, por exemplo, não é ser um modelo de bank as a service (BaaS). “Hoje vemos empresas sem preparo vendendo soluções que não contemplam todo o processo bancário. Simplesmente fazem o front inicial como se fosse uma carteira, onde as pessoas guardam seu dinheiro num aplicativo. Isso não é uma plataforma bancária. Por mais que se consiga fazer uma transação de Pix ou pagamento, um banco é muito mais do que isso”, afirma Carlos.

Nesse sistema, não importa o segmento de atuação e sim de que forma a cadeia de negócios está conectada. Entre as dinâmicas a serem observadas dentro do BaaS estão a distribuição segmentada com automatização das cadeias de produção, a redução no custo de colocação com o tráfego na internet em favor dos serviços financeiros e a conectividade usando a base de dados como fator imprescindível para conhecer o seu público-alvo. “O desafio não está somente na mudança para o ambiente tecnológico, estamos modificando a forma em que o produto bancário será consumido. É preciso fazer online com cabeça de offline”, avalia Benitez.

Avanços

Hoje, o Brasil representa 73% do mercado de BaaS na América do Sul, com uma Receita de USD 1,392 bilhões em 2021. Para efeito de comparação, em toda a América do Sul, houve uma receita de USD 1,906 bilhões no mesmo período – os dados são do IMR (Instrospective Market Research). Com todo esse avanço, o consumidor é o maior beneficiário. Em um ambiente onde as empresas buscam oferecer mais disponibilidade de produtos e serviços financeiros, ofertados com maior facilidade, até a inclusão financeira é viabilizada. O consumidor irá escolher, naturalmente, aquele prestador de serviço que oferece a melhor experiência.

“Os serviços antes disponíveis apenas em ambientes bancários estão presentes onde os clientes estão. Nós olhamos para dentro do cliente para entendermos toda a sua cadeia de negócios e quem são os participantes da sua atividade comercial, como fornecedores e prestadores de serviços. Não é simplesmente chegar e vender uma plataforma bancária. Com isso, nós mostramos quais seriam os produtos que poderiam ser adaptados aos participantes do seu ecossistema. Então é possível dizer se é necessário ter crédito para pessoa jurídica ou parcelamento para que as pessoas físicas possam comprar os seus produtos, por exemplo. O ambiente de Pix, TED e boleto se torna apenas um acessório na cadeia em que o dinheiro passa”, demonstra Carlos.

Um case notável da BMP é o Mercado Pago, um negócio do Mercado Livre para compra e venda de produtos novos e usados entre pessoas e empresas. O objetivo era oferecer serviços financeiros através de capital de giro para vendedores e compradores da plataforma. A partir da conectividade entre as empresas, compliance e KYC, isso se tornou possível e hoje é um dos serviços mais procurados pelos consumidores. A BMP encerrou o ano de 2021 com 252 parceiros, R$ 10,5 bi em crédito e R$ 30 bi em transações bancárias. Para 2022, a expectativa é crescer ainda mais. “Nossa intenção é chegar aos 350 parceiros, R$ 17 bi em crédito e R$ 100 bi em transações”, afirma o CEO.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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