Debêntures representam mais da metade do volume levantado no mercado de capitais no primeiro semestre

Debêntures representam mais da metade do volume levantado no mercado de capitais  no primeiro semestre

 As emissões de debêntures somaram R$ 133 bilhões no primeiro semestre do ano, mais da metade (57,4%) do volume total levantado pelas empresas no mercado de capitais no período (R$ 233 bilhões). De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), nos primeiros seis meses de 2022, as operações com instrumentos de renda fixa, como as debêntures, cresceram na comparação ao mesmo período de 2021, passando de R$ 161,5 bilhões para R$ 202 bilhões (alta de 25%).

Ao todo, 225 operações com debêntures foram realizadas até junho, o que representa avanço de 15,4% sobre o primeiro semestre de 2021 (195 ofertas). Quanto ao volume, o crescimento foi de 35,3%. “Tivemos um número significativo de emissões e, além disso, várias delas com volumes altos, acima de R$ 1 bilhão. Isso mostra que o mercado de capitais vem consolidando uma capacidade relevante de financiamento para as empresas”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA. As negociações de debêntures no mercado secundário também registraram alta de 50,8% em relação ao mesmo período do ano passado (totalizando R$ 93,3 bilhões).

Ainda na renda fixa, os instrumentos de securitização também se destacaram: os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) tiveram a maior alta em volume, de 53,9%, totalizando R$ 16,1 bilhões, enquanto os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) subiram 13,4%, com R$ 14,8 bilhões.

Entre os instrumentos novatos no mercado, as notas comerciais registraram R$ 14 bilhões em volume, a partir de 44 operações. Destas, 22 foram de empresas que acessaram o mercado de capitais pela primeira vez. “As notas comerciais são produtos que vieram para diminuir burocracias do mercado. Isso, provavelmente, vai fazer com que elas sejam cada vez mais acessadas ao longo do tempo”, afirma Cristiano Cury, vice coordenador da Comissão de Renda Fixa da Anbima. Já as emissões de Fiagro (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) movimentaram R$ 3 bilhões.

Na renda variável, as ofertas de ações finalizaram o primeiro semestre em R$ 19 bilhões, o que representa queda de 75,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado não considera ainda a operação da Eletrobras, que será encerrada em julho e deve movimentar mais de R$ 33 bilhões.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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