Millpar movimenta cadeia produtiva da madeira ao exportar para nove países

Millpar movimenta cadeia produtiva da madeira ao exportar para nove países

Produção destinada à construção civil mundial estimula do plantio à logística em estradas e portos

A produção de uma indústria de grande porte sempre movimenta outras atividades que orbitam no seu entorno. O beneficiamento da madeira, por exemplo, um dos principais motores da economia do Paraná, produz ganhos que vão além das companhias que atuam no setor. A Millpar, uma empresa 100% brasileira que exporta para 9 países a partir de suas unidades em Guarapuava e Quedas do Iguaçu, é um exemplo deste círculo virtuoso.

De acordo com estudo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), a silvicultura comercial gerou R$ 648 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP) no ano de 2021 apenas no polo de Guarapuava, que abrange 18 municípios – alta de cerca de 40% em relação a 2020, acompanhando a média de crescimento do setor no Paraná. O dado consta novo estudo setorial da APRE, que será lançado em breve.

Ao produzir e comercializar itens como molduras, guarnições e lambris para a construção civil mundial, a Millpar é uma das companhias que estimula a expansão da atividade econômica regional e estadual, do agronegócio à logística, passando pelo comércio e pelo setor de serviços. Para transformar a madeira em itens de alta qualidade e embarcar ao Exterior cerca de 250 contêineres mensalmente, a empresa com sede em Guarapuava fomenta a silvicultura e aquece o setor de transporte rodoviário e portuário, além da geração de postos de trabalho que superam os 1,6 mil colaboradores diretos.

“Ao longo de todo o processo, geramos emprego e renda nos mais diversos segmentos e categorias profissionais, de despachantes a colaboradores contratados por empresas terceirizadas. Apenas nas empresas que atendem nossas áreas de facilities, por exemplo, são mais de 100 postos de trabalho. Ou seja, as vendas ao mercado externo contribuem, em muito, social e economicamente, para o país de origem do embarque”, explica Ettore Giacomet Basile, diretor administrativo e financeiro da Millpar.

Para a eficiência do processo logístico, a Millpar conta com mais de 700 caminhões em seu sistema, fazendo o transporte da matéria-prima até as plantas fabris e o posterior despacho das exportações até os portos. Atualmente, a Millpar conta com três grandes portos como referência no processo comercial, para exportar e importar: o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR) e os portos catarinenses de Itapoá e o Portonave.

Com constantes projetos de expansão, a Companhia também gera empregos na construção civil, por meio empresas terceiras que atuam nestes projetos. Atualmente, por exemplo, com a expansão da planta de Guarapuava, contribui com cerca de 60 posições no mercado de trabalho. As obras se iniciaram no final de 2021 e se concentraram, em maior volume, ao longo de todo o ano de 2022. Em 2023, em obras de menor porte, a Millpar ainda seguirá fomentando vagas no setor.

Desenvolvimento no meio rural

Operando em regiões afastadas das áreas urbanas, explica o presidente da APRE, Zaid Ahmad Nasser, os investimentos assumem, também caráter profissional e social, levando máquinas para as operações florestais e desenvolvendo a mão de obra local. Com isso, surgem novos empregos e, para muitos trabalhadores, novas profissões.

Os reflexos positivos para a sociedade são diversos e bastante visíveis, assegura Nasser. Ele ressalta que nos municípios onde as florestas estão inseridas a silvicultura melhora visivelmente as condições de vida no campo.

Realizamos melhorias em infraestrutura, já que, muitas vezes, o acesso pelas estradas rurais é difícil e há grande dificuldade para manutenções regulares. Assim, melhoramos também a trafegabilidade nestas localidades, facilitando o acesso a serviços essenciais, como saúde e educação”, explica Nasser.

Saiba mais sobre o setor

A silvicultura comercial paranaense é destaque nacional, contribuindo com números robustos para a economia local:

• O Paraná possui a maior área plantada de pinus do país e detém a maior produção de silvicultura do Brasil, com um dos parques industriais mais diversificados do setor, sendo o principal exportador de molduras do país, com 70,7% de participação na exportação nacional em 2021.

• De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, em relatório preliminar do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), o setor florestal teve um avanço significativo em 2021, alcançando 41% de valorização em relação ao ano anterior e chegando a R$ 6 bilhões.

• O plantio de pinus e eucalipto fornece matéria-prima para celulose, papel, painéis reconstituídos, compensados, madeira serrada, energia e produtos de maior valor agregado (piso de madeira sólida, portas e janelas, molduras, entre outros), sustentando uma atividade econômica complexa e diversificada de produtos, aplicações industriais e serviços.

Fonte: Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE)

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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