Turnover: quase 50% das demissões são voluntárias

Turnover: quase 50% das demissões são voluntárias

O Brasil encerrou 2022 com mais de 1,8 milhão de desligamentos e um estoque negativo de 431 mil empregos, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números disponibilizados pelo Governo refletem um grande problema das organizações: a rotatividade de profissionais. Pesquisa realizada pela Pulses by Gupy, HR tech que tem soluções de clima organizacional, engajamento e performance, apurou que, em 2022, quase metade (48,39%) das saídas de funcionários nas empresas foram voluntárias – um aumento considerável se comparado com dados do ano anterior. Em 2021, cerca de 10% das saídas foram a pedido do profissional.

Por meio de análise de dados, a HR tech apontou os principais motivos que ocasionaram a saída voluntária dos profissionais de seus empregos no último ano. São elas: senso de realização; disposição física; identificação com a história, missão e visão da empresa; condições de trabalho; felicidade no trabalho. Os resultados reforçam a relação entre rotatividade e o engajamento dos colaboradores. Renato Navas, cofounder e Head de People Success da Pulses by Gupy, explica que existem vários fatores que impactam o engajamento dos colaboradores, o qual tem se mostrado um excelente sinalizador de movimentos de geração de valor do colaborador.

“O engajamento do colaborador com a empresa pode ser regenerativo desde que haja uma escuta e uma intervenção contínua sobre os principais aspectos que o impactam. O foco deve ser na geração da reciprocidade: contribuir para a geração de valor do colaborador olhando para aspectos que impactam seu engajamento ao mesmo tempo que observando a contribuição deste para os resultados da organização. Não existe relacionamento sem reciprocidade”, afirma Navas.

Renato explica que a estratégia de escuta contínua contribui para ter um quadro mais fiel do engajamento e, assim, elaborar estratégias para solucionar os problemas que estão causando a queda no envolvimento do colaborador com a empresa. “Tradicionalmente, as pesquisas de clima são realizadas com uma periodicidade anual ou bianual, mas a vivência de uma empresa não pode ser mensurada em um único registro. Se a escuta não é feita continuamente, o que se tem é apenas uma foto e não uma percepção de um todo, como seria um filme”, orienta Renato.

Previsão de demissões

A partir dos dados semanais gerados pelos respondentes, a Pulses by Gupy, com o uso de recursos de inteligência artificial, é capaz de prever o risco de saída voluntária, classificando em alto, médio ou baixo e revelando os motivos e sugestões de ações para que a liderança possa agir.

“Esta funcionalidade de predição e diagnóstico da saída voluntária é um divisor de águas para os gestores, pois ajuda em um dos maiores custos da empresa: a perda de talentos. E estes custos vão muito além das perdas visíveis de uma reposição, mas tudo que se perde na saída de um talento: conhecimento, histórico, contexto, cultura, moral do time, resultados futuros e muito mais”, reforça Cesar Nanci, CEO da Pulses by Gupy.

Cesar explica que, para reduzir o turnover, é necessário atuar nos fatores que compõem o clima organizacional da empresa (ou da área), e ainda observar a estrutura em torno da qual a empresa é organizada (processos, regras, políticas). “Por meio da metodologia de escuta contínua é possível mensurar a percepção dos colaboradores sobre estes temas. Decidir com apoio de dados é como analisar o DNA da organização e agir sobre aquilo que de fato importa e trará resultados” aponta.

Crédito da imagem: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *