Indústria brasileira da multipropriedade atinge VGV de R$ 59,9 bilhões

Indústria brasileira da multipropriedade atinge VGV de R$ 59,9 bilhões
Wyndham Olímpia Royal Hotels.

Estudo revela aumento de 15% no volume de lançamentos em território nacional

Uma forma inovadora de adquirir imóveis. Essa é uma das propostas da multipropriedade, modelo de negócios que se popularizou nos Estados Unidos há décadas e vem se consolidando no Brasil. O sistema funciona com base na compra de propriedades por investidores que adquirem uma ou mais frações de um determinado imóvel e dividem tanto o direito de uso quanto as responsabilidades financeiras com os demais cotistas. E mais: os coproprietários podem optar por se hospedar, alugar ou intercambiar seu imóvel com propriedades em outros destinos.

A prova mais concreta da maturidade dessa indústria é seu constante crescimento, registrada ano após ano no estudo mercadológico “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil”. A edição 2023, traz resultados do ano anterior e revela indicadores acima das expectativas, a começar pelo aumento de 43,3% do valor geral de vendas (VGV) potencial, um dos índices mais relevantes para esse segmento. O setor também comemora alta de 15,4% na oferta de empreendimentos que operam neste modelo em território nacional, saltando de 156, em 2022, para 180, em 2023.

A pesquisa tem base em informações coletadas no banco de dados da Caio Calfat Real Estate Consulting, um dos maiores especialistas do segmento na América Latina, combinadas a pesquisas junto aos agentes do setor. Das 180 multipropriedades mapeadas, 97 estão prontas, 69 em construção e 14 em fase de lançamento. As regiões Sul e Nordeste lideram a oferta com, respectivamente, 54 e 51 multipropriedades. Em seguida vêm o Sudeste (43), Centro-Oeste (26) e Norte (6).

Os dados registram a história do setor de multipropriedades. Contudo, a base de análise financeira e de tendências do relatório, considerou o mercado corrente nacional, que é composto por projetos que estão prontos há menos de cinco anos e/ou possuem estoque de frações inferior a 95%. Esse universo é composto por 104 empreendimentos que se enquadram nesse cenário (sendo 50 imóveis em construção, 41 prontos e 13 em lançamento), queda de 9,6% na comparação com os 115 registrados em 2022.

Mercado corrente nacional

O número de unidades habitacionais saltou de 22.398, no mapeamento de 2022, para 25.672 (+14,6%) e o VGV potencial desse grupo de multipropriedades chegou a R$ 47,1 bilhões, crescimento de 38,4% em relação ao ano anterior quando o índice no mercado corrente nacional atingiu R$ 34,1 bilhões. Empreendimentos em construção lideram o resultado, com VGV de R$ 24,3 bilhões, seguido pelos prontos (R$ 16,2 bilhões). Entre as UHs, o estudo destaca 12.608 em construção, 9.717 prontas e 3.275 em fase de lançamento.

Aumentos também foram registrados no número de frações – 628.260, em 2022, e 705.672, em 2023 – e no valor médio delas. Em 2022, cada fração valia R$ 54.201 (ou R$ 57.231, se for considerado o IPCA acumulado de 12 meses) enquanto em 2023 elas chegam a R$ 66.778. O valor médio por status de projeto é de R$ 70.743 (obras prontas), R$ 65.311 (lançamentos) e R$ 64.746 (em construção).

A média de uso continua a mesma do ano anterior (1.9 semana por fração adquirida), mas varia de acordo com o status do projeto: 2,2 semanas por fração no caso de multipropriedades prontas, 1,8 para as em construção e 1,7 para os lançamentos.

Wyndham Hotels & Resorts,  maior empresa de franquia de hotéis de todo o mundo, com mais de 9.100 empreendimentos em 95 países, comemora dois marcos importantes: ser a única empresa global a administrar empreendimentos de multipropriedade no Brasil e ter alcançado a marca de 14 projetos de multipropriedade em seu portfólio – entre operações e contratos assinados.

Os dois contratos assinados mais recentemente são os projetos Ramada by Wyndham Jaguaruna e o Dazzler by Wyndham Praia do Rosa, ambos em Santa Catarina e desenvolvidos pela FS Empreendimentos, com 88 e 44 apartamentos respectivamente. Essas conquistas ainda marcam a chegada da marca Dazzler by Wyndham no Brasil, o que faz a rede global atingir 9 bandeiras em solo brasileiro dentro de suas 24 marcas existentes ao redor do mundo. A nova marca traz um estilo urbano com soluções simples, convenientes e relevantes para a estadia.

Segundo a vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina da Wyndham, Maria Carolina Pinheiro, “o nosso desenvolvimento no setor de multipropriedade é explicado pela maturidade do mercado. Cada vez mais os investidores buscam marcas fortes globais que vão dar aos empreendimentos credibilidade na venda das cotas, um know-how de operação consolidado, além de um suporte turn-key, ou seja, apoio desde o projeto até a operação, e uma capilaridade em visibilidade”.

Para este ano de 2023, a Wyndham, que já conta com 37 hotéis em operação no Brasil, planeja assinar ao menos mais 10 contratos, dos 50 que são a meta para a América Latina, região onde o país está inserido. “O desafio existe, mas o mercado está em busca de soluções completas como a nossa. E é isso que nos faz ter a certeza que vamos alcançar essa marca.” O time de Desenvolvimento de Negócios da Wyndham estará no evento ainda com os executivos Armando Ramirez e Luciana Kuzuhara.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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