Exclusão financeira ainda é um grande desafio para quem deseja estudar

Exclusão financeira ainda é um grande desafio para quem deseja estudar

Boleto bancário desempenha papel significativo no acesso à educação para a população carente

O boleto bancário é uma forma popular de pagamento no Brasil e oferece várias vantagens tanto para os consumidores quanto para as empresas. Esse formato é amplamente aceito no País, tanto em estabelecimentos físicos quanto em lojas on-line, de modo que essa modalidade se torna uma opção conveniente para os consumidores, que não precisam se preocupar com restrições geográficas ou limitações de aceitação.

De acordo com Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educaçãofintech especializada em crédito educacional, que tem a grande missão de democratizar o conhecimento para transformar a economia por meio da educação, o boleto pode desempenhar um papel significativo no acesso a cursos, principalmente para a população carente ou para aqueles que buscam formações que permitem a oportunidade de obter uma renda extra. “Trata-se de uma forma de pagamento amplamente aceita e acessível, porque não requer a divulgação de informações financeiras sensíveis, como números de cartão de crédito, colaborando para a redução do risco de fraude e roubo de identidade”, destaca.

Boesso chama a atenção para outro fator: o boleto permite às pessoas que não possuem uma conta bancária a realizarem seus pagamentos. “Basta ter acesso a uma agência bancária, lotérica ou correspondente bancário para efetuar o pagamento”, aponta o especialista.

Em muitos casos, esta forma de pagamento não está associada a taxas extras, o que pode ser uma vantagem tanto para os consumidores quanto para as empresas, que não precisam arcar com as taxas de intermediação. “Além disso, as cobranças geralmente têm prazos de vencimento, permitindo aos consumidores uma maior flexibilidade. Isso é especialmente útil em situações em que é preciso esperar por uma confirmação de recebimento de renda, por exemplo”, destaca Boesso.

De acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 35 milhões de brasileiros não possuíam acesso a serviços financeiros essenciais como conta corrente, cartão de crédito, poupança e cheque especial. Quanto menor a renda, mais difícil conquistar essas facilidades. “As fintechs estão revolucionando esse cenário por meio da digitalização dos processos de solicitação. Essas inovações estão impulsionando a inclusão financeira, permitindo que uma parcela maior da população tenha acesso a serviços essenciais e oportunidades de crescimento econômico, porque facilita o acesso ao crédito”, aponta.

Ao contrário dos bancos tradicionais, que exigem uma série de documentos físicos e passam por longos processos de análise, as soluções apresentadas simplificam e agilizam a solicitação de crédito. Por meio de plataformas on-line e aplicativos móveis, os usuários podem enviar informações e documentos digitalizados, reduzindo a burocracia e acelerando o processo de aprovação.

Ao utilizar boletos bancários, os consumidores têm a vantagem de poder acompanhar e controlar seus gastos de forma mais precisa. O documento fornece informações detalhadas sobre a compra e o valor a ser pago, permitindo que os consumidores se organizem de maneira mais eficiente.

O documento geralmente é usado como uma opção de pagamento à vista, o que pode ser interessante para os consumidores que desejam evitar o endividamento por meio do uso de cartões de crédito ou empréstimos. “Ao escolher essa opção, não há o comprometimento do cartão de crédito. Isso é especialmente útil se o valor da compra for maior do que o limite atual disponível”, conclui Reinaldo.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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