Envelhecimento da população requer cada vez mais educação financeira

Envelhecimento da população requer cada vez mais educação financeira

Gerações mais novas devem aprender a lidar melhor com dinheiro para planejar a própria velhice

O Brasil está diminuindo e envelhecendo. Os primeiros dados divulgados pelo IBGE, referentes ao Censo 2022, mostraram que o número da população brasileira é menor que o esperado: 203 milhões. E, apesar de ainda não terem sido divulgados os recortes etários da pesquisa, muitos outros estudos revelam a tendência de crescimento de pessoas acima dos 60 anos no País.  Atualmente, elas representam 15% do total. Em 2040, um a cada quatro brasileiros deve estar nessa faixa. Com isso, torna-se cada vez mais necessário o aprendizado de educação financeira.

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, viver mais também significa ter que se preocupar com as finanças relacionadas à maior longevidade. “Ninguém quer viver mais passando necessidade, por isso é cada vez mais importante que as pessoas saibam organizar bem as próprias finanças, inclusive para conseguirem planejar uma velhice com mais qualidade. E quanto antes este aprendizado, melhor!”, avalia.

Segundo Martello, a maior parte das pessoas chega à velhice sem um planejamento relacionado ao dinheiro, o que prejudica, inclusive, as gerações mais novas. “Foi feita uma pesquisa em que era perguntado por que as pessoas não conseguiam guardar dinheiro. Um dos principais motivos é porque precisavam ajudar a família. Não há nada de errado em ajudar, obviamente, mas quando uma geração não consegue criar riqueza porque tem que ajudar a geração anterior, estamos criando um ciclo de pobreza”, diz.

Ele explica que o aumento da longevidade somado à diminuição da natalidade no País requer mais cuidado com relação à vida financeira ao longo da vida. “É importante que os brasileiros entendam desde cedo a necessidade de consumir de forma consciente, poupar dinheiro, ir atrás de renda extra quando necessário e muitos outros pontos. É assim que vamos conseguindo, aos poucos, mudar a realidade que temos hoje, quando boa parte da população chega à terceira idade dependendo da família e do governo até para o básico”, afirma.

Martello explica que um ponto importante é que muitos pais se preocupam antes em ajudar os filhos antes de garantir o próprio planejamento financeiro relacionado à velhice, mas deveria ser o contrário. “Não é errado ajudar os filhos obviamente, mas primeiramente é preciso olhar para as próprias finanças. Não dá para dar o que não se tem e, muitas vezes, a falta de organização e planejamento para a velhice fará com que os filhos precisem ajudar lá na frente. Ou seja, é “desvestir um santo para vestir outro”, o que não funciona”, conclui.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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