Joint Ventures e Alianças Estratégicas: conheça as vantagens desses modelos de negócios

Joint Ventures e Alianças Estratégicas: conheça as vantagens desses modelos de negócios

União com fim específico de duas empresas pode promover a internacionalização e a aquisição de novas tecnologias

O desenvolvimento corporativo deve ser um dos principais objetivos das empresas, independentemente do tamanho e do ramo de atuação. E para promover o crescimento inorgânico de uma empresa, diferentes caminhos podem ser seguidos, como as fusões e aquisições (M&A), as alianças estratégicas e as joint ventures. O modelo de negócio vai depender do contexto e dos objetivos em comum envolvendo as corporações envolvidas na transação.

“As oportunidades de investimento e comerciais são enormes no Brasil. Porém, mesmo os profissionais de negócios mais experientes enfrentam dificuldades ao lidar com os contextos econômico e político do país, e também para entender a dinâmica competitiva local e o comportamento dos clientes. A definição do melhor modelo de negócios é um processo que demanda muita análise e estudo de mercado para encontrar os parceiros ideais e crescer de forma estratégica”, destaca João Caetano Magalhães, diretor da Redirection International, consultoria especializada em assessoria de M&A.

Ele explica que além das fusões e aquisições (que representam a união definitiva entre duas empresas), pode ser mais interessante a formação de uma joint venture ou aliança estratégica. A joint venture é a criação de uma nova pessoa jurídica na qual duas corporações se unem para realizar um projeto em comum por tempo determinado ou indeterminado. Já as alianças estratégicas normalmente têm um tempo determinado, as empresas envolvidas seguem independentes uma da outra e não há a criação de uma nova empresa.

“Nos últimos anos as joint ventures e alianças estratégicas têm se apresentado como uma boa estratégia de expansão empresarial, pois é uma maneira de combinar os recursos e conhecimentos de uma área específica em busca de um objetivo em comum. É uma transação que traz muitos benefícios para as empresas envolvidas”, afirma João Caetano Magalhães. Entre as vantagens destes formatos de união empresarial estão a aquisição ou desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, ampliação de mercado, sinergia de custos e a expansão geográfica que pode ser em território nacional ou no exterior.

Internacionalização

A formação de joint ventures envolvendo companhias estrangeiras e brasileiras pode facilitar o ingresso dos produtos brasileiros em outros países. “As empresas brasileiras têm utilizado joint ventures como uma abordagem estratégica para expandir sua presença global, acessar novos mercados, alavancar expertise internacional e formar parcerias com companhias estrangeiras. Assim, elas conseguem conhecer melhor o mercado antes de investir em fusões e aquisições no exterior”, explica João Caetano Magalhães.

Um dos exemplos de companhias brasileiras que formaram joint ventures com empresas estrangeiras é a Embraer, que nos últimos anos expandiu sua presença internacional por meio deste modelo de negócio. Entre eles, a joint venture com a Sierra Nevada Corporation (SNC) para produzir o avião militar Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos, que permitiu à Embraer acessar o mercado de defesa dos Estados Unidos e estabelecer uma fábrica no país. Outra companhia brasileira que vem investindo em joint ventures como estratégia de internacionalização é a siderúrgica Gerdau que se uniu à Sumitomo Corporation para estabelecer a Gerdau Summit, uma joint venture na América do Norte focada na produção e distribuição de produtos de aços especiais.

João Caetano Magalhães destaca que o caminho inverso também ocorre, com cada vez mais empresas estrangeiras buscando companhias brasileiras para iniciar as operações no Brasil ou ampliar a participação no mercado nacional, como por exemplo a parceria entre Petrobrás e Shell, que resultou na criação de uma fábrica de biocombustíveis no Rio Grande do Sul. Entre os setores que registraram mais atividades de joint venture internacional no Brasil recentemente estão: energia e energia renovável, tecnologia e serviços digitais, agricultura e agronegócio, infraestrutura e construção, saúde e farmacêutico.

“Em muitos casos a joint venture dá tão certo que acaba levando a uma transação de fusão e aquisição das empresas envolvidas. Um exemplo é a Natura, que em 2017 adquiriu a The Body Shop, marca britânica de cosméticos, para expandir sua presença global. Antes, as duas companhias já eram parceiras, com uma joint venture no Brasil chamada Natura & Co”, relembra João Caetano Magalhães.

O especialista destaca, no entanto, que apesar de normalmente ser uma união com fim específico, a formação de uma joint venture com uma empresa estrangeira pode ser complexa e alguns cuidados devem ser tomados ao longo deste processo. “São muitos os fatores que devem ser levados em conta na tomada de decisão, tanto para uma joint venture quanto para uma operação de M&A no futuro. Por isso, é fundamental contar com profissionais especializados nesse tipo de transação, que tenham experiência em estruturação de negócios e possam apresentar as oportunidades com uma perspectiva estratégica para o desenvolvimento corporativo”.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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