Quais os impactos da reforma tributária para as empresas?

Quais os impactos da reforma tributária para as empresas?

Novo ambiente é o momento para analisar e planejar os próximos passos para que as organizações fiquem de acordo com o novo sistema

A reforma tributária é um dos temas mais noticiados no Brasil no momento. Após a aprovação pela Câmara dos Deputados (PEC 49/19), seguimos no aguardo da votação do Senado. E caso seja também validada, quais podem ser os impactos para as empresas? De acordo com a Mazars, auditoria e consultoria empresarial, esse é o momento para as companhias avaliarem e planejarem seus próximos passos para que fiquem dentro dos conformes com o novo sistema tributário.

“A discussão da reforma pode ter gerado um clima de tensão entre empresários; afinal, ela pode impactar o caixa das empresas e consequentemente a arrecadação de tributos, mas é importante lembrar que cada negócio será impactado de uma forma diferente e que essa variação vai de acordo com o segmento e a localização na cadeia produtiva, o que na prática requer exercícios de modelagens econômicas com inteligência tributária”, afirma Leonardo Rosati, diretor de Tax da Mazars.

Segundo o executivo, outros pontos a serem considerados com a reforma são: perda dos incentivos fiscais contra ganhos de eficiência logística; alteração de preços de venda ou de custos de suprimentos; redução dos investimentos em estoques multilocalizados; redução de custos e fluxos de transportes de cargas; entre outros.

“A reforma visa a simplificação dos impostos nacionais e, como benefício, ela promete desburocratizar todo o processo tributário e a criação de um ambiente mais seguro para investidores, o que lá na ponta pode significar mais empregos. Quanto aos desafios, simplificar não significa redução de tributos, é possível que alguns setores acabem pagando mais impostos após a reforma. Ainda que os efeitos sejam a médio e longo prazos, o momento é histórico e vai exigir das empresas uma remodelação interna para assegurar o cumprimento das suas obrigações tributárias”, acrescenta Rosati.

O diretor lista também 9 pontos importantes da reforma tributária:

  1. A reforma será objeto de muita discussão no Senado Federal e poderá ter algumas alterações em seu conteúdo;
  2. A reforma trouxe um grau significativo de simplificação, racionalização e transparência da unificação dos tributos, eliminando a guerra fiscal entre estados e municípios;
  3. Com a simplificação do sistema tributário brasileiro há uma tendência de investimento estrangeiro no país, nos diversos setores da economia;
  4. Crescimento da economia brasileira em médio e longo prazos;
  5. Se aprovada com o atual teor, deverá contribuir para a redução do elevado número de ações tributárias no país, e consequentemente diminuiria o alto custo com compliance ao longo dos próximos anos;
  6. Os setores de energia elétrica, telecomunicações e infraestrutura deverão operar com menor carga tributária, e consequentemente beneficiará a produtividade nacional e o consumidor final;
  7. Potencial aumento na alíquota para o setor de serviços;
  8. A reforma não apresentou regras claras e específicas sobre a restituição dos saldos credores dos impostos extintos;
  9. Certamente haverá a necessidade de avaliar a estrutura logística e distribuição para alguns setores com o objetivo de adequar a precificação e estrutura dos produtos e serviços.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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