Associação de Supermercados apresenta proposta ao Governo para simplificar Programa de Alimentação do Trabalhador

Associação de Supermercados apresenta proposta ao Governo para simplificar Programa de Alimentação do Trabalhador

Iniciativa deve gerar economia de R$ 5 bilhões para os empregadores e estabelecimentos comerciais filiados ao PAT

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apresentou aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Trabalho, Luiz Marinho, uma proposta para simplificar o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) por meio da eliminação de intermediários privados na gestão dos vales alimentação e refeição. Tal iniciativa deve gerar uma economia de R$ 5 bilhões para os empregadores e estabelecimentos comerciais filiados ao programa, que hoje gastam esse valor em taxas para administradoras privadas de cartões. Com isso, será possível a ampliação do valor do benefício concedidos aos 22 milhões de trabalhadores contemplados atualmente com o PAT em todo o país.

Para tanto, a Abras defende que seja utilizado para o pagamento dos benefícios a base de dados já existente do eSocial, por meio da Caixa Econômica Federal. A conexão direta do pagamento do benefício PAT identificada no eSocial, vinculada a uma conta salário da Caixa, coloca o benefício à disposição do beneficiário, para utilização específica do benefício nos estabelecimentos comerciais afiliados ao PAT como bares, restaurantes e supermercados, que podem ser conectados eletronicamente à base de dados da Caixa.

Isso vai garantir todas as exigências e princípios fundamentais do programa, assegurando controle de origem e destinação do benefício, além de um acompanhamento efetivo da Receita Federal e do Banco Central sobre os R$ 150 bilhões movimentados anualmente pelo PAT e que hoje circulam por operadoras de vales alimentação e refeição sem passar pelo sistema bancário.

Atualmente, as operadoras que atuam no mercado dos vouchers de alimentação e refeição cobram taxas das empresas empregadoras e dos estabelecimentos, além de lucrar com o floating, isto é, aplicando os depósitos à vista feitos pelas empresas empregadoras para as operadoras durante a utilização do benefício pelos beneficiários, além do prazo de cerca de 30 dias para repassar para os estabelecimentos comerciais o valor pago via voucher. Nestes períodos as empresas operadoras de voucher têm ainda altos rendimentos sobre os valores depositados a favor dos beneficiários.

Com a proposta de transferir os valores do benefício diretamente para a Caixa Econômica, os custos com as tarifas das empresas empregadoras e estabelecimentos afiliados seriam eliminados e o banco poderia utilizar o floating exclusivo do período de utilização do saldo pelos beneficiários para remunerar seus custos operacionais com a gestão dos benefícios, uma vez que o reembolso aos estabelecimentos afiliados deverá ser pago em dois dias, eliminando o floating de prazo de reembolso.

O resultado é uma redução substancial dos custos do PAT, permitindo assim a ampliação do volume de benefícios ofertados pelas empresas empregadoras aos trabalhadores, redução dos preços da alimentação e refeição ofertados pelos estabelecimentos afiliados, e ampliando e reforçando a finalidade do PAT. Além disso, o benefício passa a ser aceito em qualquer estabelecimento afiliado ao PAT, desvinculando-se da obrigatoriedade de aceitação nos estabelecimento vinculados a contratos com as bandeiras operadoras de vouchers de alimentação e refeição, como atualmente.

Os participantes poderiam se utilizar de todos os meios de pagamentos disponíveis como aplicativos, PIX ou cartão de débito, para utilizar os recursos do programa. O PAT é um programa social do Governo Federal do Brasil e não de quatro operadoras privadas que concentram 90% do mercado de voucher alimentação e refeição no país, baseada na tese institucional de que só através do arranjo fechado (closedloop) é possível assegurar a destinação específica dos benefícios subsidiados e destinados para alimentação e refeição dos trabalhadores.

Ciente de sua responsabilidade social para com os 28 milhões de consumidores diários que dependem dos supermercados em todo o país, a Abras entende que essa alternativa ao modelo atual pode contribuir para a melhoria da qualidade nutricional da alimentação do trabalhador brasileira. A entidade conta com a sensibilidade do Governo Federal para avaliar a proposta que pode representar a consolidação do maior programa de alimentação da população brasileira, protagonizado por três nobres e eficazes iniciativas: o Bolsa Família, a Cesta Básica Nacional de Isenta, e o PAT eSocial.

A Associação Brasileira de Supermercados está à inteira disposição do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério da Fazenda do Brasil para colaborar com a implantação do PAT eSocial.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *