Como será a penúltima Super Quarta do ano?

Como será a penúltima Super Quarta do ano?

Novembo começa com semana mais curta

As decisões de juros para brasileiros e americanos serão anunciadas na penúltima super quarta do ano. Novembro inicia com uma semana mais curta e com importantes decisões de política monetária para os dois países.

As expectativas para a divulgação de Copom são altas, com o mercado à espera de um novo corte na taxa Selic, com queda de 0,5% para 12,25% ao anp, continuando no ritmo de queda. O foco deve recair no comunicado, que provavelmente adotará uma abordagem mais cautelosa devido à crescente incerteza no cenário global, incluindo o aumento das taxas de juros nos EUA e a guerra no Oriente Médio.

Para Rodrigo Correa, estrategista da Nomos, muito foi cogitado (inicialmente) sobre aceleração nesse ritmo de quedas do Copom mais a frente, mas as condições externas (leia-se FED e seu Fed Fund Rate (FFR) subindo) tornaram mais difíceis a queda de juros em mercados emergentes. As últimas declarações do presidente sobre a desistência antecipada da meta fiscal de zero déficit em 2024 claramente sinalizam um governo mais leniente com gastos. Por consequência, impedem que acelerações na queda Selic aconteçam, bem como proporciona um nível terminal de juros mais alto.

Já Luciano Costa, economista chefe da Monte Bravo Corretora, também acredita que o Copom deverá confirmar a expectativa, e reduzir a taxa selic em 50 p.b. para 12,25% a.a. “A trajetória benigna de desinflação permaneceu entre as reuniões e os sinais de desaquecimento da atividade doméstica justificam a decisão. A deterioração do cenário global (Guerra Israel-Hamas e alta de juros das treasuries longas) é um risco a ser monitorado, mas suas consequências até esse momento não alteram o balanço de riscos para a inflação”, comenta o economista.

Manutenção dos juros americanos

Já do Fomc, comitê do Federal Reserve (responsável por decidir a taxa de juros nos Estados Unidos), é esperado que sejam mantidas as taxas de juros no patamar atual, no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano.

“Há uma incerteza grande sobre quando o FED irá aumentar a FFR, provavelmente em mais 0,25% ou mais duas subidas de +0,25%, que é esperado por parte importante do mercado. As condições de PIB forte e mercado de trabalho ainda resilientes, a despeito de todo o aumento dos juros que já ocorreu, ainda ensejam um nível mais alto de juros. Hoje, cada 0,25% de aumento nos juros implica em aumento de USD 82,5 bilhões no custo da dívida por ano, ou +0,32% do PIB (de 2022). Então existe uma clara tendência a tentar segurar os aumentos simplesmente no discurso, que não impacta diretamente no custo de serviço da dívida”, argumenta Rodrigo.

Costa também acredita que o FED deve manter a taxa de juros estáveis na decisão desta quarta-feira. “A opção pela manutenção é justificada pelo avanço do processo de redução da inflação, os sinais de moderação do mercado de trabalho com melhor equilíbrio entre oferta e demanda e o movimento de aumento das taxa de juros de longo prazo desde a última reunião, que representa um aperto das condições financeiras, o que equivale a um aperto adicional dos juros pelo FED. Na entrevista, o presidente do FED deverá optar por manter o ciclo de aperto dos juros em aberto, condicionando um novo aumento à evolução dos dados, em especial, de inflação.”

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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