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Negros são maioria dos empreendedores brasileiros

Pesquisa do Sebrae aponta que 52% dos donos de negócios no Brasil são da raça negra

Os empreendedores negros correspondem a 52% dos donos de negócios no país, de acordo com levantamento feito pelo Sebrae com base em dados da PNAD do terceiro trimestre de 2023. O estudo revela que dos 29,3 milhões de donos de pequenos negócios do país, formalizados ou não, cerca de 15,2 milhões se autodeclaram preto e pardos, enquanto 13,7 milhões (46,8%) brancos e 418 mil (1,4%) pertencentes a outras raças, como amarela e indígena.

O levantamento sobre empreendedorismo por raça-cor com foco no segmento dos que se autodeclaram negros indica também que é menor a diversidade de ocupações nesse grupo, onde as 10 principais atividades somam 78% do universo desses de empresários. Esses empreendedores lideram, em termos de participação na agropecuária e na construção. Cerca de 13,9% dos donos de negócio negros (pretos e pardos) estão na agropecuária e 15,9% na construção. Estas proporções são maiores do que as verificadas, por exemplo, entre os brancos (13% e 10,1%, respectivamente).

Para o presidente do Sebrae, é preciso investir cada vez mais em ações de inclusão e de resgate da maior parcela empreendedora do país para ajudar a mudar a realidade delineada pelo estudo. “Ao apoiar negócios comandados por pessoas negras, estamos criando oportunidades e construindo um futuro mais inclusivo. A atuação está centrada em promover a igualdade e o crescimento para uma parcela significativa da população”, afirma Décio Lima.

Pesquisa conduzida pelo Sebrae revela que a proporção de empreendedores pretos e pardos em atividades mais tradicionais e simples – que demandam menos qualificação e geram menor retorno financeiro – é superior à de brancos donos de pequenos negócios. O estudo, feito com base na PNAD, mostra que apesar de serem maioria no universo empreendedor brasileiro, os negros donos de micro e pequenas empresas são os que têm o menor nível de faturamento (77,6% deles recebem até dois salários-mínimos por mês) e o menor nível de escolaridade (45,1% têm somente até o ensino fundamental).

O levantamento do Sebrae também apresenta dados em relação à formalização dos empreendedores: 23,6% dos empresários pretos ou pardos têm CNPJ, ou seja, possuem uma empresa formalizada. Entre os brancos o número sobe para 43,1% e em outras raças para 39,7%.

Perfil

O levantamento do Sebrae traz ainda outros aspectos importantes do perfil dos empreendedores negros. Leia abaixo as principais conclusões do estudo:

•     O Norte tem a maior proporção de empresários que se autodeclaram pretos e pardos (quase 80%), seguido do Nordeste, com pouco mais de 72%.

•     Amapá, Acre e Amazonas são os estados com a maior participação relativa de negros no universo empreendedor.

•     O grupo de empresários negros detém a menor quantidade de mulheres em comparação com as demais raças. Entre negros, a proporção de mulheres é de 32,2%, contra 35,4% entre os brancos e 37,5% entre os donos de negócios de outras raças-cor (“amarela”/indígena).

•     Os empresários negros respondem pelo menor nível de escolaridade: 45,1% têm somente até o ensino fundamental e apenas 13,2% têm ensino superior (incompleto ou mais)

Mirian Gasparin
Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 49 anos na área de jornalismo, sendo 47 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.
https://www.miriangasparin.com.br

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