Talento tem idade? Veja estratégias para vencer os desafios da diversidade etária

Talento tem idade? Veja estratégias para vencer os desafios da diversidade etária

De acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de trabalho atual enfrenta o desafio de superar o etarismo – que nada mais é que a discriminação baseada na idade das pessoas – e o avanço do “gerontariado”, que é um novo fenômeno histórico emergente no Século 21, assinalado pelo envelhecimento populacional. Entre os anos de 2010 e 2022, o número de idosos cresceu cerca de 57% e, a cada 100 brasileiros, 11 já têm mais de 65 anos. Embora o mundo viva a primeira época da história em que cinco gerações diferentes coexistem dentro da força de trabalho, as empresas ainda se deparam com muitas dificuldades para implantar políticas que atendam às necessidades de todas as faixas etárias.

A pesquisa “Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações“, divulgada pela consultoria Robert Half, mostra que quase metade das companhias (48%) têm programas relacionados à diversidade geracional, entretanto, 70% delas recrutaram muito pouco ou nenhum colaborador com mais de 50 anos nos últimos dois anos. Não por acaso, o Brasil implementou em 2019 uma reforma previdenciária que resultou no aumento das idades mínimas de aposentadoria para homens e mulheres, juntamente com o aumento do período de contribuição necessário para a elegibilidade de benefícios previdenciários.

Para Deives Rezende Filhoespecialista em ética, diversidade, equidade e inclusão, e CEO da Condurú Consultoria, embora os debates sobre DE&I estejam se tornando algo comum no ambiente de trabalho e uma estratégia de negócio, ainda há muito trabalho pela frente. “De um lado, temos muitos jovens que sofrem para conseguir emprego pela falta de experiência e, do outro, empresas que evitam contratar pessoas 50+. É preciso compreender que, justamente, a troca geracional é saudável e, no final, quem ganha com isso são os negócios. Mas não podemos nos esquecer que o planejamento é fundamental para exercer a inclusão e criar, desta forma, um mercado de trabalho que seja, de fato, diverso. Somente assim essas pessoas vão se sentir, não somente pertencentes, mas também valorizadas”, diz.

Segundo o Relatório do Banco Mundial, a taxa de envelhecimento dos brasileiros vai superar aquela observada na maioria dos países no século passado, mostrando um processo mais acelerado no país e, diante disso, o etarismo é um problema que precisa de atenção, afinal, é um alerta sobre o futuro. Políticas que garantam empregos de qualidade para essa parcela crescente da população, que permanecerá ativa no mercado de trabalho mesmo após a aposentadoria, é essencial.

Reconhecer e aproveitar as diferenças individuais é uma estratégia vital para os negócios. A colaboração entre pessoas com variadas vivências, combinando experiência com conhecimento tecnológico, é um recurso inestimável. No entanto, o desafio reside na criação de um ambiente propício a essa integração, o que leva muitas empresas a adotarem programas de mentoria como uma abordagem eficaz para promover essa sinergia entre equipes multidisciplinares”, finaliza Rezende.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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