Mudança na previdência privada favorece participante

Mudança na previdência privada favorece participante

Lei altera momento de opção pelo regime de tributação

A lei 14.803/2024, sancionada pelo presidente Lula, altera o prazo para a opção de tributação dos planos de previdência complementar. Agora, os participantes têm até o momento da obtenção do benefício ou do primeiro resgate, fazer a opção pelo regime de tributação definitivo. Antes, essa opção tinha de ser feita até o último dia útil do mês subsequente ao ingresso no plano. Nesse regime são aplicadas alíquotas decrescentes conforme o prazo de acumulação dos recursos, que se iniciam com 35% (menos de dois anos) e podem chegar a 10% (mais de dez anos).

especialista em Direito Previdenciário, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas e CEO da WB Cursos, Washington Barbosa, explica que existem duas formas de tributação, a progressiva, que no momento do resgate deve ser recolhido na 15% fonte e o restante ajustado na declaração de Imposto de Renda. E tem a tributação regressiva, que começa na faixa de 30% até chegar a uma tributação de 10%.

“Até antes da publicação desta lei, essa opção era feita no momento da contratação e de forma irrevogável. Com a mudança da lei, dependendo da situação, é possível optar pelo modelo de tributação que lhe seja mais conveniente. Lembrando que a tributação regressiva, valoriza aqueles depósitos que ficam mais tempo, que realmente são a constituição de uma reserva de longo prazo para fins de aposentadoria”, diz Barbosa.

O especialista em Direito Previdenciário destaca a importância da previdência complementar, em especial depois da reforma da previdência de 2019, que reduziu o valor dos benefícios e ampliou os requisitos para o acesso a aposentadoria.

“Uma dica, é fazer a previdência privada o mais cedo possível, porque ela trabalha com acúmulo de aplicações feitas ao longo da vida. Isso vai acumulando a reserva matemática que vai ser a fonte de recursos para pagar a complementação da aposentadoria no futuro”, diz o especialista.

Além da opção da tributação na hora do saque, Barbosa diz que se deve ficar atento a alguns pontos quando se opta por fazer a previdência privada.

“O primeiro deles é a taxa de administração, percentual cobrado para custear as despesas para gerir o fundo. Outra taxa que também se deve ficar atento, é a chamada taxa de carregamento, que é o custo para realização de aplicação e resgate. E por fim, a eventual taxa de performance que pode haver nesses planos, onde se tem um objetivo, uma meta de rentabilidade a ser alcançada. Se esta rentabilidade for superada, a taxa de performance atua dentro desse aspecto”, conclui Barbosa.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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