86% dos bancos vão implementar pelo menos um caso de uso de IA generativa em seus negócios

86% dos bancos vão implementar pelo menos um caso de uso de IA generativa em seus negócios
Marcelo Flores, gerente-geral de IBM Consulting Brasil.

Bancos da América Latina focam no uso da tecnologia para engajamento dos clientes e também em operações de risco, compliance e segurança

Um novo estudo do IBM (NYSE: IBM) Institute for Business Value (IBV) aponta que 86% das organizações bancárias em todo o mundo – incluindo o Brasil – estão desenvolvendo ou se preparando para entrar em operação com casos de uso de IA generativa. A maioria dos bancos pesquisados (78%) está implementando taticamente a tecnologia em pelo menos um caso de uso. Já os demais (8%) estão indo além, com um foco mais sistemático e abrangente na implementação de IA nos negócios.

O estudo da IBM, Global Outlook for Banking and Financial Markets 2024, explora os impactos da IA generativa a partir de uma análise aprofundada de relatórios financeiros de quase 2.000 instituições em todo o mundo, incluindo aqui do país. Essa perspectiva global, criada com insights de especialistas da IBM e uma pesquisa com 600 executivos de bancos, mergulha no cenário do setor e examina o surgimento de 19 casos de uso inovadores de IA generativa.

No que diz respeito a esses casos de uso com a IA generativa nos bancos da América Latina, quatro pilares dominam a pesquisa entre os executivos: 31% disseram que a aplicação da tecnologia tem como foco o engajamento do cliente, seguido pelas operações de risco, compliance e segurança (25%), recursos humanos, marketing e operações de compras (25%) e, por fim, desenvolvimento de TI (19%).

Os maiores percentuais de foco em compliance e nos clientes tem uma explicação: globalmente, quase 60% dos tomadores de decisão para IA generativa veem maior valor no controle de risco, relatórios de conformidade e engajamento do cliente. Para eles, manter os dados privados e ganhar a confiança do usuário final é essencial para conquistar contratos. Além disso, paralelamente, mais de 60% dos CEOs dos bancos no mundo apontam novas vulnerabilidades para cibersegurança (76%), insegurança jurídica relacionada às operações (72%), dificuldades no controle da precisão dos resultados (67%) e preconceito por viés de modelo (65%) como pontos de atenção do negócio – o que torna a governança em IA imprescindível.

Em relação ao atendimento ao cliente com uso da IA generativa, os bancos estão focados na redução do volume de chamadas, aprimoramento na classificação de reclamações, automatização e sumarização de conteúdos, capacitação de consultores financeiros virtuais, evolução dos processos de aprovação de crédito, entre outras ações que melhoram a dinâmica nas atividades do dia a dia.

“O mercado financeiro, especialmente aqui no Brasil, se mantém na vanguarda da inovação de novos modelos e implantação de soluções tecnológicas. Com o incremento do conhecimento e acesso aos modelos cada vez mais específicos para a indústria financeira, o impacto da IA é ainda mais relevante nas suas estratégias de negócio. Já estamos vendo novos modelos em instituições financeiras integrando IA Transacional e Informacional (GenAI) com múltiplos motores de AI com a finalidade de habilitar novos negócios, melhorar a relação com clientes, ganhar produtividade no desenvolvimento de aplicações, desenvolver colaboradores, mitigar riscos nas operações de TI, remodelar suas operações essenciais e reforçar a segurança cibernética”, analisa Marcelo Flores, gerente-geral de IBM Consulting Brasil.

Por fim, o estudo traz 10 ações que podem orientar decisões sobre a construção de fundamentos da IA generativa nos bancos. Essas ações se alinham aos processos mais amplos de dimensionamento de IA em toda a empresa, incluindo machine learning, deep learning e PLN, o que inclui definir a governança de IA e o perfil de risco do banco, selecionar casos de uso, estabelecer uma base de dados, integrar a estratégia de IA com uma abordagem de escalar a tecnologia, entre outras. “Estamos em um momento de ir além e desbloquear possibilidades cada vez mais amplas para melhorar o desempenho e a eficiência dos negócios com resultados concretos, governança e escalabilidade”, completa Flores.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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