Cora recebe licença de financeira do Banco Central

A Cora, fintech especializada em pequenas e médias empresas, recebeu autorização do Banco Central (BC) para operar como financeira. A mudança da licença para Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) foi publicada nesta terça-feira, 2 de julho, no Diário Oficial da União (DOU). Com a nova licença, a Cora planeja diversificar sua atuação oferecendo aos clientes opções de investimento e fortalecendo a oferta de crédito além do cartão.
Com um portfólio focado no uso da tecnologia para simplificar a rotina financeira das pessoas empreendedoras, a Cora alcançou mais de 5% do market share de CNPJs no Brasil em cinco anos. Mais de 1,4 milhão de empresas já abriram conta no banco digital e, com a licença de SCFI, a Cora irá expandir o portfólio para crescer com sustentabilidade. Atualmente, a fintech oferece cartão de crédito, débito e uma conta digital acessível, sem cobrança de tarifas de manutenção ou de taxas para PIX e TED PJ, e com emissão de até 100 boletos sem custo, além de ferramentas de gestão e cobrança.
“A licença de financeira nos permitirá oferecer dois produtos que nossos clientes sempre solicitam: investimento e crédito. Valorizamos o tempo e o dinheiro das pessoas empreendedoras e estávamos à espera desse upgrade de licença para poder oferecer a possibilidade de remunerar o saldo que nossos clientes deixam conosco. Quanto ao crédito, esse upgrade nos permite explorar fontes alternativas de funding e expandir nossa carteira. É importante ressaltar que pretendemos crescer nosso portfólio de maneira sustentável, tanto para nós quanto para nossos clientes”, explica Igor Senra, CEO e cofundador da Cora.
O que muda para a Cora com o upgrade de licença?
As SCFIs são instituições privadas que têm como objetivo fornecer linhas de financiamento e empréstimos para aquisição de bens, serviços e capital de giro. Além do capital mínimo regulatório superior às SCDs, que podem atuar apenas com os próprios recursos, as financeiras tem permissão para captar recursos do público por meio de diferentes instrumentos, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), os Recibos de Depósito Bancário (RDB) e as Letras de Câmbio (LCs), que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) tanto para pessoas físicas quanto para CNPJs.
“Temos a responsabilidade de oferecer produtos que apoiem a gestão financeira das empresas que atendemos, pavimentando o seu caminho para o sucesso. É muito claro para gente que todo empreendedor já toma sua dose de risco à frente do próprio negócio. Eles não deveriam buscar mais risco na gestão do caixa da empresa. Faz mais sentido para o perfil de cliente que o nosso primeiro produto de investimento seja algo mais conservador, com remuneração para o saldo que fica parado na conta, como um CDB. Além disso, já estamos avançados nos testes para oferecer empréstimos para capital de giro e, em breve, essa opção também estará disponível para os clientes da Cora”, finaliza Senra.