Eurocopa aquece o mercado de apostas esportivas e garante liquidez em alta

Eurocopa aquece o mercado de apostas esportivas e garante liquidez em alta

Volume de apostas dispara em grandes torneios e assegura odds mais estáveis

Durante grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo, a Eurocopa e os Jogos Olímpicos, o volume de apostas esportivas dispara. Em 2022, estima-se que mais de R$185 bilhões foram apostados durante a Copa do Mundo no Catar. Em 2018, houve um aumento de 400% no volume de apostas durante a Copa da Rússia. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, as apostas cresceram cerca de 60% em volume. Esses números mostram como eventos de grande porte mexem ainda mais com as emoções do público, que vê nas apostas esportivas um caminho para aumentar o saldo na conta.

De acordo com Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em futebol e fundador da Fulltrader Sports, a liquidez é um fator fundamental nesses mercados. “A alta liquidez durante torneios como a Copa do Mundo e a Eurocopa permite que os traders façam grandes apostas sem alterar significativamente as odds, facilitando a entrada e saída do mercado”, explica Santos.

A importância da liquidez em eventos de grande porte

Em torneios como a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e a Eurocopa, a quantidade massiva de dinheiro em apostas proporciona uma liquidez elevada, o que cria um ambiente mais estável e previsível para os traders. Isso significa que há um número elevado de apostas sendo feitas e, portanto, os mercados são mais capazes de absorver grandes apostas sem alterações significativas nas odds.

Tudo isso se traduz em oportunidades para apostas mais seguras. “Durante a Eurocopa, a liquidez é evidente. Em alguns jogos, o valor apostado em um único mercado ultrapassou R$1 bilhão. Considerando todos os mercados, esse valor pode chegar a R$2 bilhões. Estamos falando de dinheiro real, e não hipotético”, resume Ricardo Santos.

O foco na liquidez acontece pela capacidade que ela tem de facilitar a execução de estratégias de grande volume. Em situações favoráveis, os traders podem entrar e sair do mercado de maneira mais eficiente e com menor risco de influenciar os preços de mercado. Por outro lado, em jogos menores ou menos populares, a liquidez tende a ser menor.

Uma liquidez baixa resulta em mercados mais voláteis e menos previsíveis, onde grandes apostas podem alterar muito as odds. “Em eventos de menor liquidez, os traders precisam adotar uma abordagem mais cuidadosa, reduzindo o tamanho das apostas para evitar impactos negativos no mercado”, observa Santos.

O impacto da liquidez no mercado global de apostas

De acordo com um relatório da Sportradar, o volume global de apostas esportivas deve atingir US$136 bilhões até 2026, impulsionado pelo crescimento em países como Brasil, China e Índia nesse mercado. Prova disso é uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que revelou que 52% dos entrevistados já apostaram em esportes, e 70% afirmaram que a probabilidade de apostar aumenta durante eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Ricardo Santos destaca que os brasileiros, com sua familiaridade histórica com o futebol, levam esse entendimento para o campo das apostas. “É preciso usar o conhecimento do esporte e do mercado esportivo para se sair bem. Tratar as apostas esportivas com seriedade é essencial para maximizar os benefícios e minimizar os riscos”, finaliza.

Crédito da foto: Freepik

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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