Mercado logístico nacional volta a superar 1 milhão de m² locados

O segmento de e-commerce lidera o ranking das principais locações no período
A Colliers, líder global em serviços imobiliários e na administração de investimentos, acaba de divulgar a pesquisa do 2º trimestre de 2024 sobre o mercado de condomínios logísticos no Brasil. De acordo com o levantamento, o segmento de e-commerce lidera o ranking das principais locações entre abril e junho de 2024, ocupando 32% do inventário locado.
Paula Casarini, CEO da Colliers, revela que o mercado voltou a locar, em um único trimestre, mais de 1 milhão de m² e as maiores locações foram registradas em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nos segmentos de e-commerce, varejo, transporte e logística. Já os setores de varejo, transporte e logística foram responsáveis pelas principais devoluções no período.
Estado | Inventário Existente |
São Paulo | 14.549.551 |
Rio de Janeiro | 2.743.212 |
Minas Gerais | 2.472.119 |
Pernambuco | 1.514.808 |
A absorção bruta foi de 1.188.457 m² e a área devolvida foi de 464.089 m², fechando assim o trimestre com uma absorção líquida – o saldo entre locação e devolução – positiva, com 724.368 m².
No segundo trimestre de 2024, o Brasil está apresentando um inventário existente de quase 27 milhões de m². Comparado ao mesmo período do ano passado (abril a junho de 2023), o cenário era de quase 24 milhões de m², um acréscimo de 11%.
Considerando as novas entregas e o saldo positivo de locações, a taxa de vacância no país encerrou o trimestre de maneira estável, mantendo-se em 10%. “O mercado tem permanecido nesta faixa desde o 3º trimestre de 2021, mesmo com o forte volume de entregas nos últimos anos. Isso indica o interesse dos inquilinos por esses ativos”, explica a CEO da Colliers.
O preço médio pedido continuou registrando alta no segundo trimestre de 2024, sendo de R$ 27/m²/mês. Os maiores preços são encontrados nos estados de São Paulo, Amazonas, Distrito Federal e Paraná, sendo R$ 29,03/m²/mês, R$ 29/m²/mês, R$ 28/m²/mês e R$ 27,79/m²/mês, respectivamente. Já os menores preços são encontrados no Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, sendo R$ 22/m²/mês, R$ 22,19/m²/mês e R$ 22,33/m²/mês, respectivamente.
Para Paula, a atividade construtiva no Brasil também está aquecida. Atualmente há 3,6 milhões de m² em construção, que devem ser entregues ao longo dos próximos anos. Este número é 22% maior do que foi registrado no mesmo período do ano anterior
“Mais uma vez, o mercado de condomínios logísticos no Brasil registrou números expressivos. Vimos locações significativas, sobretudo de empresas de e-commerce, em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os preços subiram nos últimos trimestres e acreditamos que devem continuar em tendência de alta pelos próximos meses. Além disso, nossa expectativa é de que a taxa de vacância permaneça em níveis saudáveis até o final do ano, próxima de 10%”, finaliza Paula Casarini.