215 mil empresas não depositaram o FGTS dos empregados

215 mil empresas não depositaram o FGTS dos empregados

ONG lança pesquisa para conhecer os trabalhadores que não tem seu dinheiro depositado

De acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, comparando o número de empresas inscritas na Dívida Ativa da União, por não depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de dezembro de 2023 com agosto de 2024, houve um aumento equivalente a 6,42%. São mais 12.994 empresas, passando de 202.434 para 215.421. O valor da dívida passou de R$ 42.8 bilhões, para R$ 45.8 bilhões, um aumento de R$ 3 bilhões, equivalente a mais 7,08%. Estima-se, que pelo menos 5 milhões de trabalhadores que trabalham ou trabalharam nestas empresas, têm um saldo menor no FGTS.

Uma outra preocupação é a informalidade. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE do segundo trimestre de 2023, comparado com o segundo trimestre de 2024, passou de 18.1 milhões empregados sem a carteira de trabalho assinada para 18.9 milhões, um aumento de 884 mil empregados, um aumento de 4,63% em um ano, considerando os seguimentos das empresas privadas, setor público e emprego doméstico (excluindo as diaristas).

Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), estima ainda, que anualmente esses 18.9 milhões de empregados informais, que trabalham nas empresas sem a carteira de trabalho assinada, perdem aproximadamente R$ 40 bilhões por ano em depósitos do Fundo de Garantia, uma média anual de R$ 2.132,00 por trabalhador.

Para medir o conhecimento dos trabalhadores, que não tiveram o Fundo de Garantia depositado pelas empresas privadas, públicas e empregadores domésticos, recebem parte do salário em Caixa 2, e os 18.9 informais, uma pesquisa nacional elaborada pelo Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador estará disponível até o dia 30 de setembro através do site www.fundodegarantia.org.br. Para Mario Avelino, presidente do Instituto, essa é uma maneira de fazer um levantamento do perfil do trabalhador brasileiro e testar o seu grau de conhecimento sobre a poupança do trabalhador, o Fundo de Garantia.

“Considero o Fundo de Garantia como uma das maiores conquistas do trabalhador brasileiro nos últimos 77 anos, quando foi criada a CLT em 1943. É uma poupança privada do trabalhador, onde as empresas devem depositar mensalmente 8% sobre a remuneração paga mensalmente, e se o demitir sem justa causa tem que pagar uma multa de 40%, ou de 20% em caso de demissão por acordo”, diz Avelino.

Crédito da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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