Empresas precisam ter planos de carreiras bem estruturados

Empresas precisam ter planos de carreiras bem estruturados
Neide Leite Galante.

Conheça os passos para um plano de competências

Estruturar competências técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) no plano de carreira é primordial para o direcionamento, desenvolvimento dos profissionais e alcance de objetivos estratégicos da empresa. “Ao definir claramente as habilidades e conhecimentos necessários para cada cargo, a empresa cria um roadmap para o crescimento profissional, aumentando o engajamento, satisfação e, consequentemente, a retenção dos seus talentos”, afirma Neide Leite Galante, head de Recursos Humanos, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas no ButtiniMoraes.

Segundo a executiva, com foco neste objetivo é importante que os gestores de recursos humanos conheçam e executem seis passos fundamentais para o desenvolvimento de um plano de competênciasO primeiro deles é refletir sobre os objetivos estratégicos da empresa, ou seja, qual é o seu propósito (o porquê ela existe), sua missão (o que faz e para quem presta serviços ou entrega produtos) e visão (aonde quer chegar), assim como quais metas pretende alcançar a longo prazo. Exemplo: crescimento, inovação, expansão. “Para a estruturação de competências comportamentais (soft skills) é essencial refletir sobre os valores e a cultura da companhia, e o que se espera do comportamento dos profissionais, para que as crenças sejam assumidas e cumpridas”, diz Neide.

O segundo é a análise dos cargos existentes, com uma necessária descrição detalhada de cada cargo (responsabilidades e atividades que devem ser executadas em cada posição); lista das competências atuais de cada cargo, com respectivas habilidades e conhecimentos técnicos para a execução e entrega dos trabalhos. O terceiro é identificar as competências essenciais para cada cargo, separando por área e em blocos (competências técnicas, comportamentais e gerenciais).

“As competências técnicas (hard skills) específicas para cada área, por exemplo, podem ser domínio de ferramentas de análise de dados ou conhecimento em marketing digital, as comportamentais (soft skills) – quesitos que devem estar em harmonia com os valores da empresa (ética, respeito, empatia, trabalho em equipe etc.). Entre as gerenciais estão habilidades para liderar e desenvolver equipes, tomar decisões estratégicas, resolução de problemas e alta capacidade de negociação”, explica a gestora do ButtiniMoraes Advogados.

O quarto passo é criar um modelo de competências personalizado com definição de diferentes níveis de proficiência para cada competência, de acordo com a experiência exigida para cada cargo (júnior, pleno, sênior ou gerencial). Dependendo do grau de responsabilidade é preciso estabelecer indicadores de desempenho que permitam avaliar o desenvolvimento das competências de cada profissional. “O ideal é que se promova processos de avaliações de desempenho no mínimo a cada seis meses, assim será possível comparar os resultados esperados x alcançados, identificar os gaps, promover feedback de orientação/melhoria e criar PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) para o desenvolvimento das competências”, aconselha a gestora de RH.

É fundamental também executar o quinto passo que consiste em alinhar as competências aos cargos, criando uma matriz de competência, que relacione cada cargo às competências necessárias para desempenhá-lo, acompanhado pelo plano de desenvolvimento individual, com base em seus pontos de melhorias e objetivos de carreira. Por fim, é preciso ter uma boa comunicação e implementação do plano, com explicação objetiva e clara do plano de carreira para todos os profissionais, destacando os benefícios e quais podem ser às expectativas. Para isso, o ideal é desenvolver um programa de educação corporativa, que possibilite aos talentos adquirirem as competências necessárias e a companhia acompanhar seu progresso e avaliar a efetividade do plano de carreira.

“Como dicas adicionais é importante incentivar a participação da liderança na definição das competências e no desenvolvimento do plano de carreira, que devem ser adaptáveis às mudanças do mercado e às necessidades da empresa. É aconselhável também utilizar ferramentas tecnológicas já existentes no mercado, que podem auxiliar na gestão do plano, como plataformas de e-learning e sistemas de gestão de talentos, além de fazer avaliações periódicas do planejado para que continue alinhado aos objetivos da organização e às necessidades dos profissionais”, conclui Neide.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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