Ibovespa tem a maior queda desde junho e dólar interrompe sequência de 7 baixas
Ibovespa caiu 1,55% e dólar encerra semana cotado a R$ 5,52
A sexta-feira foi amarga para a Bolsa de Valores. O Ibovespa caiu 1,55%, quarto pregão seguido de perdas, e voltou aos 131.065,44 pontos, uma perda de 2.057,23 pontos. Foi a maior queda diária desde 7 de junho, quando fechou com baixa de 1,73%. Foi também o menor patamar de fechamento desde 9 de agosto, quando o índice marcou 130.614,59 pontos. Nos quatro pregões de baixa desta semana, o Ibovespa perdeu mais de 4 mil pontos.
Já dólar comercial interrompeu uma sequência de sete baixas, para subir 1,78%, sendo cotado R$ 5,52, próximo da máxima do dia. A disparada acontece antes da divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias.
O dólar teve um dia de alta global porque os investidores estrangeiros aproveitaram a queda dos últimos dias para comprarem a moeda. Além disso, a manutenção dos juros básicos na China não ajudou países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil. A expectativa era que o Banco Central chinês reduzisse os juros para estimular a segunda maior economia do planeta, mas isso não ocorreu.
Apesar da alta desta sexta, a moeda norte-americana acumula queda de 2,51% em setembro. Em 2024, a divisa sobe 13,76%.
O comportamento do mercado foi marcado por uma série de fatores internacionais e locais. No exterior, os índices encerraram com viés de queda, após a forte alta da última quinta-feira impulsionados por movimentos dos bancos centrais e acirramento das tensões no Oriente Médio.
No Brasil, o mercado operou esperando a divulgação do relatório de despesas e receitas pelo governo na reta final do pregão. O pregão desta sexta também marcado pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.