Inteligência Artificial pode potencializar o mercado de microfinanças

Inteligência Artificial pode potencializar o mercado de microfinanças

Setor cresce 14% ao ano em todo o mundo

De acordo com o estudo “Impact Finance Barometer” , o mercado global de microfinanças deverá crescer 14% ao ano. No Brasil, existem diferentes tipos de organizações de microfinanças (IMFs) e seu mercado de atuação é gigantesco: só neste ano foram abertos 2,8 milhões de CNPJs segundo o Sebrae, o que pode significar um potencial de milhões de micro e pequenas empresas em busca de crédito para impulsionar seus negócios.

Na avaliação da UiPath, empresa líder em software de automação empresarial e IA, os principais diferenciais das IMFs têm sido a sua capacidade de construir relações estreitas com os seus clientes e a utilização de modelos de empréstimo em grupo. Mas elas podem se beneficiar muito com o uso da Inteligência Artificial. Confira como

1. Aumento da rentabilidade

Globalmente, aproximadamente 65% dos clientes de microfinanciamento estão em áreas rurais. Ao analisar os dados financeiros e os objetivos deste grupo demográfico, a IA Generativa pode gerar pacotes personalizados, planos de poupança e calendários de pagamento de dívidas que são mais inclusivos e adaptados às necessidades dos grupos com pouco acesso a bancos.

A IA generativa também pode ajudar a atingir melhor os mercados rurais e semiurbanos. Os recursos de análise de dados de IA podem identificar dados demográficos de alto potencial e melhorar as previsões regionais relacionadas às populações carentes.

2. Prevenção de Riscos

A carteira global de empréstimos das IMFs é estimada em mais de 183 mil milhões de dólares, com crescimento ano após ano. Um dos maiores desafios nos mercados semi-urbanos e rurais é a elevada taxa de incumprimento dos empréstimos. A IA generativa pode reduzir este risco e melhorar o processo de avaliação de crédito, analisando dados históricos sobre a qualidade de crédito, hábitos de consumo e histórico financeiro dos clientes.  Isso permite que as IMFs reduzam o risco de inadimplência e, assim, ofereçam empréstimos a mais grupos desatendidos.

A IA generativa também pode ser valiosa na criação de sistemas robustos de detecção de fraudes para as IMFs. Essas empresas muitas vezes enfrentam violações de dados e fraudes devido a aplicativos de baixo custo e lidam com um segmento de usuários de alto risco. Além disso, modelos de IA generativa podem simular vários cenários de fraude, incluindo dados sintéticos e padrões desconhecidos, oferecendo uma vantagem sobre as técnicas tradicionais.

3. Redução de custos operacionais

A combinação de IA generativa com automação permite que as IMFs automatizem funções administrativas, como processamento de empréstimos, verificação de documentos e verificações de conformidade, reduzindo significativamente os custos operacionais e o tempo de processamento. A IA generativa pode processar e compreender documentos não estruturados de forma eficaz, diminuindo o custo manual do processamento.

“A IA generativa oferece inúmeras possibilidades de uso em diversos setores e mercados, mas sua adoção ainda não foi acelerada devido aos desafios relacionados à segurança de dados, principalmente”, avaliou Edgar Garcia, vice-presidente regional da UiPath para a América Latina. Segundo o executivo, é fundamental buscar formas seguras de utilização de modelos de linguagem externa (LLMs) que formam a tecnologia base do que chamamos de IA generativa. “A UiPath Business Automation Platform™, uma plataforma UiPath, oferece uma camada de confiança em IA (UiPath AI Trust Layer), contexto de aterramento e recursos de geração aumentada de recuperação (RAG)”, afirma o executivo.

Portanto, é essencial que as IMFs que investem no potencial da IA também procurem mecanismos para reforçar a segurança da privacidade dos dados e avaliem continuamente se os processos de tomada de decisão da IA são transparentes e imparciais, não discriminando segmentos da população ou indivíduos e cumpram a conformidade regulatória.

“A utilização de IA generativa e de automação terá um impacto direto na inclusão de mais pessoas no sistema financeiro formal, graças às suas vastas capacidades cognitivas, mas os desafios relacionados com a privacidade de dados, custos, ética e conformidade devem ser enfrentados. Como apontado, há caminhos para isso,”, reforçou Garcia.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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