Saiba como lidar com as oscilações do dólar e se preparar os gastos de uma viagem internacional

Saiba como lidar com as oscilações do dólar e se preparar os gastos de uma viagem internacional

Dólar tem a maior cotação desde 2021

Com a aproximação do final do ano e das férias escolares, muitos brasileiros que estão planejando viagens internacionais vêm se preocupando com a variação do dólar. A moeda americana tem se mostrado volátil nos últimos meses, com picos de alta e o cenário para os próximos meses é incerto. Para se ter uma ideia, no último dia de outubro, a moeda atingiu a cotação de R$ 5,78, maior patamar desde 2021.

“O dólar vem sendo influenciado por diversos fatores, tanto internos quanto externos. Internamente, a alta na taxa de juros e o aumento da dívida pública geram incertezas para o investidor estrangeiro, o que pode resultar na saída de capital e, consequentemente, na valorização da moeda americana. Externamente, eventos como as eleições nos Estados Unidos podem impactar ainda mais a cotação”, explica o especialista Douglas Ferreira, Head de FX Desk da Planner Corretora de Valores.

Comprar dólar: quando e como?

Mas, afinal, para aqueles que já estão com uma viagem marcada para o exterior no fim do ano, como se preparar? Ainda vale se antecipar e comprar a moeda americana? Ou faz mais sentido realizar os gastos diretamente no cartão (aguardando, assim, a cotação do fechamento da fatura) quando já estiver em viagem? A recomendação, segundo Ferreira, é a de, mesmo faltando pouco mais de dois meses para o final do ano (e supondo uma situação de alguém que vá viajar no início de janeiro), ir adquirindo a moeda aos poucos, fazendo um preço médio.

“Dessa forma, o viajante minimiza o impacto das oscilações, evitando comprar tudo de uma só vez em um momento de alta. Mesmo havendo a possibilidade de uma eventual queda do dólar depois da compra, essa estratégia faz sentido, na medida em que reduz a exposição a variações bruscas”, aconselha.

Conta no exterior, cartão ou dinheiro em espécie?

Entre as opções de pagamento no exterior, Ferreira aponta que a compra de dólar em espécie ou a abertura de uma conta no exterior são as mais vantajosas. Ele lembra que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras de dólar “em cash” e nas transferências de mesma titularidade para contas no exterior é de 1,1%, enquanto o uso de cartão de crédito internacional tem uma alíquota mais alta, de 4,38%. “Sempre vale a dica de, se possível, evitar o uso excessivo de cartão de crédito durante a viagem, pois a variação cambial do fechamento na data da fatura pode pesar no bolso”, ressalta.

Fundos cambiais

Segundo Ferreira, outra opção de proteção contra um alta repentina do dólar é investir em fundos cambiais, que aplicam 80% em ativos ligados à moeda americana. “Essa pode ser uma forma de se proteger contra as oscilações do câmbio e garantir maior tranquilidade durante a viagem”, explica. “Com o cenário cambial incerto, a melhor estratégia é o planejamento financeiro, dividindo a compra da moeda em várias etapas e buscando opções que minimizem o impacto do IOF”.

Fora dos EUA

E, para quem vai para países que não sejam os Estados Unidos e que, portanto, não possuem o dólar americano como moeda? Segundo Ferreira, mesmo nesses casos, a aquisição da moeda americana pode ser uma boa opção. “O dólar é a moeda de maior liquidez no mundo. Se o viajante vai para um país fora do eixo Estados Unidos-Europa, é recomendável a aquisição de dólar espécie. Um dos principais destinos dos brasileiros, a Argentina, por exemplo, está com a moeda muito desvalorizada. Então, o ideal é adquirir dólares ou mesmo reais para demandas da viagem. É necessário analisar o contexto do país, se a moeda está desvalorizada, o ideal é adquirir dólares”, conclui.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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