48% das administrações públicas já utilizam IA para melhorar relacionamento com o cidadão

48% das administrações públicas já utilizam IA para melhorar relacionamento com o cidadão

Duas em cada quatro organizações públicas têm investido em soluções de IA voltadas para gestão de riscos e cibersegurança

Um número crescente de administrações públicas ao redor do mundo já está aproveitando os benefícios oferecidos pela inteligência artificial (IA), de acordo com a edição de 2024 do Informe Ascendant de Maturidade Digital, elaborado pela Minsait, empresa de transformação digital e TI da Indra. O levantamento, intitulado “IA: radiografia de uma revolução em curso”, ouviu mais de 900 organizações de 15 diferentes segmentos de mercado para analisar o grau e os contextos de adoção dessa tecnologia ao redor do mundo.

De acordo com o estudo, duas em cada quatro organizações do setor estão concentrando seus esforços na melhoria da gestão de riscos e da cibersegurança a partir de ferramentas e soluções baseadas em IA. O relatório revela ainda que 48% das instituições têm trabalhado em casos de uso de inteligência artificial desenvolvidos especificamente para o setor público, envolvendo expedientes como gestão da informação e otimização do modelo operacional de administração.

Esse mesmo percentual (48%) de organizações ouvidas pela Minsait também afirmou que tem utilizado IA para melhorar o relacionamento com os cidadãos, a partir da introdução de funcionalidades como chatbots, automatização de respostas e ferramentas para manifestação de reclamações personalizadas.

Entre os motivos que levaram as administrações públicas respondentes a iniciar ou intensificar o uso da IA em suas operações, destacaram-se: em primeiro lugar, a eficiência e a otimização de processos internos (81%); seguidas da melhora da experiência do cidadão na interação com os canais de atendimento do poder público (41%).

Em relação aos obstáculos enfrentados pelas instituições no momento da aplicação da IA, três em cada quatro organizações ouvidas apontaram a falta de visão e cultura empresarial como a principal barreira para o avanço do tema. Ainda nesse sentido, uma em cada quatro instituições destacou a carência de profissionais qualificados em inteligência artificial no setor público.

Também foram mencionadas dificuldades como: falta de um quadro regulatório estável em relação à privacidade (26%); infraestrutura inadequada e oferta de mercado imatura (19%); e falta de modelos avançados de governança e gestão de dados (19%).

Melhores serviços e menores gastos públicos

A inteligência artificial e seus impactos têm gerado grande interesse e expectativas junto às administrações públicas, que enxergam nessa tecnologia uma nova oportunidade de transformação digital. A capacidade da IA de automatizar tarefas complexas e elevar o valor agregado às atividades dessas instituições traz possibilidades inéditas de otimização de processos governamentais e melhoria na eficiência da prestação de serviços e tomada de decisões.

O avanço dessa tecnologia tem sido encarado, portanto, como uma oportunidade sem precedentes de transformar o funcionamento interno das instituições públicas, mas também de responder às crescentes demandas de cidadãos cada vez mais bem informados e interessados na transformação digital que está por vir.

De acordo com a análise de Luis Fernández Hernando, diretor global de Administrações Públicas da Minsait: “No último ano, muitas entidades e administrações públicas operaram mudanças estratégicas na utilização de dados e na interoperabilidade de seus sistemas. O próximo passo para sua modernização é o desenvolvimento de aplicações baseadas em IA, com dois objetivos principais: melhorar a eficiência dos gastos públicos e otimizar os serviços prestados aos cidadãos”.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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