Bancos podem cobrar taxa nas operações de PIX?

Bancos podem cobrar taxa nas operações de PIX?

Há cenários específicos em que taxas no PIX podem ser aplicadas, dependendo da política do banco e do tipo de uso.  Confira as explicações  do educador financeiro e fundador da AUVP Capital Consultoria de Investimentos, Raul Sena,sobre a cobrança do PIX, quem pode ser afetado e como evitar custos desnecessários.

Bancos podem cobrar taxa de Pix?

Sim, mas é importante entender o contexto. Para pessoas físicas, o Pix é gratuito na maioria das situações, como transferências entre amigos ou pagamentos de compras. Já para empresas e microempreendedores individuais (MEIs), os bancos podem cobrar uma taxa ao receber pagamentos via Pix, principalmente se para uma transação comercial. Por exemplo, se você é um MEI e usa o Pix para receber o pagamento de um cliente pela venda de um produto, o banco pode cobrar uma taxa. Mas se um MEI fizer transferências pessoais, como mandar dinheiro para um parente ou pagar algo fora do contexto comercial, o Pix deve ser gratuito. Essa diferença é importante para evitar que você pague alguma taxa adicional.

Os bancos podem estabelecer limite de uso de Pix ao mês?

Sim, e isso é mais uma questão de segurança do que de restrição. Os bancos podem definir limites de valores por transação, períodos do dia e até limites mensais para o uso do Pix. São formas de proteger os clientes contra fraudes. E se o cliente quiser aumentar o limite, por exemplo, é só pedir pro banco, quase sempre pelo próprio aplicativo de celular. Mas a aprovação pode depender de alguns critérios de segurança, como a análise do histórico de movimentações. Esses limites variam de banco para banco, então é bom verificar o que está ativo em sua conta e fazer os ajustes de acordo com a sua necessidade.

MEIs que usam o PIX para receber podem ser taxados?

Podem, sim. A cobrança de taxas está prevista para MEIs que usam o Pix para receber pagamentos. Isso porque, ao usar o Pix como empresa, pro pagamento de vendas ou serviços prestados, ele é tratado como uma ferramenta de negócio, e os bancos têm autonomia para aplicar tarifas, dependendo do pacote de serviços contratado. É importante ficar de olho no contrato com o banco para entender as condições. Uma dica prática, se você usa o Pix para vendas, e comparar os custos entre os bancões tradicionais e os bancos digitais. Alguns oferecem condições e taxas mais vantajosas, dependendo do volume negociado.

Quem determina os valores a serem cobrados?

Os valores das taxas são definidos pelos próprios bancos, mas eles precisam seguir as regras do Banco Central. Ou seja, o BC cria uma norma geral, com os limites de cobrança, e cada banco decide quanto vai cobrar dentro desse limite. Um banco pode cobrar R$ 1,50 por transação comercial, por exemplo, enquanto outro pode cobrar um percentual, como 1% sobre o valor da transação. Essa flexibilidade permite que cada banco ofereça pacotes diferentes, mas também faz com que você precise ficar atento pra não pagar mais do que deveria. Uma dica é sempre comparar os custos entre os bancos e entender qual oferece a melhor condição para o seu tipo de uso, seja pessoal ou comercial.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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