Grandes varejistas aderem a serviços financeiros para diversificar receitas e fidelizar consumidores

Grandes varejistas aderem a serviços financeiros para diversificar receitas e fidelizar consumidores

Estudo encomendado pela Celcoin revela o impacto das soluções financeiras nas receitas dos maiores varejistas do Brasil

Levantamento encomendado pela Celcoin analisou a representatividade dos serviços financeiros na receita líquida dos maiores players do setor no primeiro semestre de 2024 (1S24). O resultado aponta que ferramentas como contas digitais, cartões de crédito, cashback, seguros e crédito têm se tornado estratégicas para diversificar receitas, fidelizar clientes e fortalecer o ecossistema do varejo, abrangendo diversos stakeholders, entre eles, fornecedores, parceiros e colaboradores.

Empresas como o Grupo Guararapes (Riachuelo) lideram esse movimento, com 26,46% de sua receita total oriunda de serviços financeiros. Outras gigantes, como Magazine Luiza (6,81%) e Carrefour (4,56%), seguem fortalecendo sua atuação no segmento. Já varejistas como Renner e Marisa, embora apresentem percentuais mais modestos, demonstram potencial de crescimento significativo.

Os resultados destacam a importância dos serviços financeiros como uma estratégia essencial para o varejo. “Com este levantamento, buscamos oferecer aos varejistas uma visão clara de uma tendência que permite desbloquear oportunidades que antes estavam restritas aos grandes bancos”, explica Adriano Meirinho, CMO e co-founder da Celcoin.

Tendência no mercado – resultados do levantamento

Renner: Receita líquida de R$4,9 bilhões, com 1,09% proveniente de serviços financeiros;

Marisa: 1,24% de representatividade, com foco em crédito ao consumidor.

GPA (Grupo Pão de Açúcar): representaram 1,54% da receita líquida de R$9,075 bilhões;

Grupo CVLB (Casa e Vídeo + Le Biscuit): 2,94% de representatividade, totalizando R$31,6 milhões em receitas financeiras;

Carrefour: Banco Carrefour contribuiu com 4,56% da receita total, liderado por cartões e seguros;

Magazine Luiza: 6,81% da receita líquida ligada à fintech própria.

C&A: 7,03% de receitas oriundas de cartões e seguros;

Grupo Guararapes (Riachuelo): 26,46% de receita advinda de serviços financeiros, consolidando-se como referência no setor.

Oportunidade com a adesão ao serviços financeiros

Os varejistas têm agora a oportunidade de expandir suas operações financeiras ao oferecer contas digitais de marca própria a lojistas, direcionando pagamentos diretamente a essas contas. Essa estratégia gera receita adicional com o float financeiro e abre espaço para oferecer crédito, fazer antecipação de recebíveis e disponibilizar outros produtos financeiros. Um exemplo é a Renner, que, no primeiro semestre de 2024, alcançou R$4,9 bilhões de receita líquida, com R$54,1 milhões provenientes de produtos financeiros – uma participação ainda modesta de 1,09%, mas que sinaliza o início da exploração de novos horizontes além do varejo tradicional.

O modelo de Banking as a Service elimina a necessidade de altos investimentos em infraestrutura de tecnologia financeira e licenças próprias, ao oferecer soluções completas, com KYC, compliance e integração com o Banco Central, por meio de empresas como a Celcoin, regulada desde 2021. Também há uma evolução significativa na experiência do cliente, com a substituição de carnês e cartões private labels por apps modernos, pagamentos via Pix e a adoção do modelo BNPL (Buy Now, Pay Later).

Os fornecedores também se beneficiam de soluções mais flexíveis para antecipação de recebíveis de seus serviços e produtos, ofertadas diretamente pelos varejistas, o que contribui para uma maior eficiência no fluxo de caixa em toda a cadeia de valor. Além disso, têm surgido iniciativas no varejo voltadas para os funcionários, como a oferta de crédito na modalidade de consignado privado diretamente aos colaboradores por grandes redes.

“A receita tem se diversificado com a inclusão de novas fontes, como serviços digitais, assinaturas, programas de fidelidade e parcerias estratégicas. Essas iniciativas não apenas ampliam as possibilidades de novas fontes de receita, mas também impulsionam a inovação, permitindo a personalização da experiência do cliente e garantindo maior competitividade em um mercado dinâmico e desafiador”, completa o executivo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *