Investimento de pessoas físicas em FIDCs mais que dobra em 12 meses

Investimento de pessoas físicas em FIDCs mais que dobra em 12 meses

Brasileiros ampliaram em 115,9% a aplicação nesses fundos entre outubro de 2023 e o mesmo mês deste ano

O volume investido pelas pessoas físicas em FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditórios) chegou a R$ 15,98 bilhões em outubro, com aumento de 115,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o montante era R$ 7,40 bilhões. Em relação ao fechamento de 2023, o avanço foi de 31,2%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).  

A fatia destinada aos FIDCs na carteira dos brasileiros ainda é pequena: 2,66% dos R$ 7,24 trilhões correspondentes ao volume aplicado pelas pessoas físicas em produtos financeiros em outubro deste ano. Entre os segmentos de investidores, no varejo tradicional, os FIDCs cresceram 316% em 12 meses, passando de R$ 1,36 bilhão em outubro de 2023 para R$ 5,66 bilhões no mesmo mês deste ano. Nos dez primeiros meses de 2024, o avanço foi de 198,9%.

“Ao permitir que os investidores em geral entrassem no produto, a CVM ampliou o leque de opções para o pequeno investidor, que ainda está conhecendo e se habituando aos FIDCs. Esses fundos se tornam mais uma opção para diversificar o portfólio em um cenário de alta das taxas de juros”, disse Luciane Effting, vice-presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, referindo-se à entrada em vigor do trecho da Resolução 175, que, em outubro de 2023, permitiu o acesso a esses fundos para todos os perfis de investidores.

No alta renda, o crescimento foi de 218,7%, saindo de R$ 1,82 bilhões em outubro de 2023, para R$ 5,80 bilhões para o mesmo mês deste ano. No mesmo período, a alta registrada no private foi de 6,9%, totalizando R$ 4,51 bilhões. Na comparação entre o fechamento de 2023 e outubro deste ano, os FIDCs avançaram 6,2% no alta renda e recuaram 6,7% no private.

Demanda por crédito

Os FIDCs aproveitam a demanda por crédito e o cenário macroeconômico favorável a investimentos em renda fixa, diz Luciane.  “As empresas estão recorrendo cada vez mais a emissões desses papeis para antecipar os créditos a receber, contribuindo para aumentar a disponibilidade desses fundos ao investidor”.

Segundo a Anbima, as emissões de FIDCs somaram R$ 55,6 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, montante 32,7% superior ao contabilizado no ano passado inteiro.

O número de contas que investem em FIDCs dobrou (99,7%) entre as pessoas físicas neste ano, chegando a 91.368 em outubro. Importante ressaltar que o número de contas não equivale a pessoas únicas já que cada cliente pode ter mais de uma aplicação.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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