CNC prevê desempenho mais fraco no varejo em 2025

CNC prevê desempenho mais  fraco no varejo em 2025

Varejo ainda sofre com os desafios estruturais para o seu desenvolvimento

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê para 2025 um desempenho mais fraco do varejo do que o registrado em 2024. Surpreendida negativamente com os resultados de dezembro da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a CNC projeta crescimento de 0,1%, com ajuste sazonal, no varejo ampliado no próximo mês, com queda acumulada de 1% ao fim deste ano.O volume de vendas no varejo ampliado teve queda de 1,1% na comparação com novembro, quando a expectativa era de -0,1%. Ainda assim, 2024 fechou com alta acumulada de 4,1%. Na comparação com dezembro de 2023, houve crescimento de 1,4%, uma tendência que deve ser revertida nos próximos meses.

“O resultado positivo do ano passado foi reflexo do mercado de trabalho aquecido e do baixo desemprego, que atingiu sua mínima histórica, impulsionado pelas ações do governo na economia. O varejo ainda sofre com os desafios estruturais para o seu desenvolvimento”, afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

Setores com variação mensal negativa

De novembro para dezembro, foram destaques positivos na PMC apenas três segmento: livros, jornais, revistas e papelaria (0,8%), móveis e eletrodomésticos (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,6%). Em contrapartida, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-3,3%) e combustíveis e lubrificantes (-3,1%) puxaram a variação mensal para baixo.

“Entre os principais fatores que contribuem para o desempenho abaixo do esperado, podemos citar a taxa de juros elevada, graças ao ciclo de aumento efetuado pelo Banco Central como medida para frear a inflação e a diminuição do estímulo fiscal. Para 2025, espera-se que o gasto público perca a força”, explica o economista da CNC João Vitor.

Preocupação com queda de itens essenciais

No saldo anual, as três atividades amargaram perdas. Combustíveis e lubrificantes (-1,5%), atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-7,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%) tiveram forte queda mesmo durante um mês conhecido pelo aumento do consumo.

“Embora se considere às vezes que o atacado não é tipo de atividade ligada à pessoa física, nos últimos anos vemos uma mudança de perfil de consumo. As famílias brasileiras estão buscando cada vez mais fazer suas compras nos supermercados atacadistas para gerir melhor o orçamento. Assim, essa queda expressiva traz uma certa preocupação, sobretudo em um mês de euforia do varejo, porque denuncia os efeitos diretos do aumento da inflação”, analisa o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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