Drex não vai substituir PIX e nem espionar contas

Drex não vai substituir PIX e nem espionar contas

Tokenização da moeda promove acordos por meio de contratos inteligentes

Você sabe o que é Digital Real Eletronic X, o DREX? Apesar de ainda não ser conhecido pela maioria da população brasileira, ele está envolvido em uma grande Fake News, que anda circulando pela internet. A nova especulação é que o governo federal deseja usá-lo para substituir o consagrado PIX, com a intenção clara, de “espionar” a vida econômica de todo brasileiro.

Esse boato não é novo, ele teve início em 2023, quando a Caixa Econômica Federal e o Banco Inter fizeram a primeira transação utilizando a plataforma. Naquela época, a teoria dizia que a moeda digital seria a única corrente no Brasil, até mesmo na vida real.

O DREX é o Real em sua forma digitalizada e faz parte da família do Pix. Conforme a leitura dos marketeiros do Banco Central, o “x” sinaliza um futuro que está associado à tecnologia. Ele não é um meio de pagamento. E, sim, uma plataforma por meio da qual se realizam operações em grande escala como a aquisição de automóveis e a compra e venda de imóveis.

Em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social é falsa a afirmação que o DREX vá substituir o dinheiro em espécie – ou qualquer outra modalidade de pagamento – e servirá para monitorar a população. “A emissão de papel moeda se dá por diversas necessidades e hábitos da população. A versão inicial do Real Digital será uma opção adicional ao uso de cédulas, mas – por ter foco no uso online – seu impacto sobre a demanda por papel-moeda não deve ser relevante”, afirma a nota.

Para Cintia Céo, analista de Privacidade de Cloud da keeggo, a teoria é infundada.

“O DREX, moeda digital do Banco Central, foi desenvolvido para modernizar o sistema financeiro, complementar o PIX e expandir as opções de pagamento com garantias. Enquanto o PIX se destina a pagamentos de serviços, o DREX traz inovações como contratos inteligentes, facilitando assim transações como investimentos e financiamentos, oferecendo maior segurança e privacidade nas transações”, explica Cintia Céo.

“O principal intento deste ativo é reduzir custos por meio de contratos inteligentes, que garantem a execução automática da negociação mediante o cumprimento de todos os deveres dos envolvidos. Estamos falando de uma moeda digital que mantém toda a sua confiabilidade e estabilidade dentro de uma plataforma eletrônica controlada pelo BC. Dessa forma, as informações referentes ao dinheiro não ficam em um único computador, mas em uma rede distribuída, garantindo mais segurança, rastreabilidade e transparência”, explica João Fraga, CEO da techfin Paag.

Cintia Céo ainda enfatiza que a moeda digital não irá interferir em modalidades de pagamento: “Em vez de substituir o Pix, ele coexistirá com ele, tornando o sistema financeiro mais eficiente e acessível. Além disso, a moeda digital vai permitir que haja entre as partes de um acordo a fruição de um contrato inteligente, reduzindo custos, ou satisfazendo as partes de um negócio mediante o cumprimento de todos os deveres dos envolvidos”.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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