Empresas devem adotar planos de saúde mental para garantir o bem-estar de seus colaboradores

Empresas devem adotar planos de saúde mental para garantir o bem-estar de seus colaboradores
Exhausted African American employee working on project in office. Man and women in casual sitting and standing at table and using laptops. Multiethnic staff concept

A partir de 26 de maio de 2025, uma nova obrigatoriedade entra em vigor para as empresas brasileiras

A saúde mental no ambiente de trabalho se tornou uma questão de crescente preocupação, com o aumento das pressões sobre os colaboradores e o impacto no rendimento das empresas. Segundo pesquisa da It’sSeg Company, corretora de benefícios, o número de afastamentos por transtornos mentais subiu 20% em 2023 em comparação ao ano anterior. Um reflexo direto da sobrecarga emocional e física enfrentada pelos profissionais.

A partir de 26 de maio de 2025, uma nova obrigatoriedade entra em vigor para as empresas brasileiras: elas terão que implementar planos de saúde mental e realizar a avaliação de riscos psicossociais na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.

A mudança está prevista na atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-1), aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de 2024. Esta norma exige que as empresas adotem medidas preventivas, ofereçam suporte adequado aos funcionários e avaliem as condições de trabalho que podem gerar estresse excessivo e outros transtornos.

Entre os principais fatores que impactam a saúde mental dos trabalhadores, estão as metas excessivas e cobranças desproporcionais, jornadas de trabalho prolongadas, falta de suporte organizacional, assédio moral e conflitos interpessoais, e a falta de autonomia para a tomada de decisões. Esses problemas têm se intensificado nos últimos anos, gerando um ciclo de estresse crônico e afastamentos.

Para André Minucci, mentor de empresários, o ambiente corporativo precisa estar atento ao bem-estar psicológico de seus colaboradores para garantir não apenas a produtividade, mas um clima saudável no trabalho.

“Investir em saúde mental não é apenas uma exigência legal, mas uma estratégia inteligente. Funcionários que se sentem apoiados e valorizados tendem a ser mais comprometidos e produtivos”, afirma Minucci.

Ele complementa que a implementação de medidas de apoio psicológico e a promoção de uma cultura organizacional mais equilibrada podem ser diferenciais importantes.

“Ações que promovem a saúde mental não são apenas uma resposta a uma obrigação. Elas são fundamentais para que a empresa alcance resultados sustentáveis no longo prazo, preservando a saúde física e emocional dos seus profissionais.”

Para as empresas, isso significa não apenas criar estratégias para lidar com o estresse, mas também promover um ambiente onde o colaborador se sinta seguro, um treinamento de cultura organizacional poderá ajudar o próximo.

A nova obrigação traz consigo uma mudança de paradigma, exigindo que a saúde mental seja tratada com a mesma seriedade que as questões físicas no ambiente de trabalho.

A NR-1 visa, portanto, não apenas prevenir doenças, mas promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos. Com a mudança, as empresas terão que se adaptar para atender às novas exigências legais e implementar programas de saúde mental mais estruturados e eficazes.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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