Empresas que resistem à digitalização perdem espaço e clientes

Empresas que resistem à digitalização perdem espaço e clientes

Migrar para o digital deixou de ser um diferencial e virou uma necessidade para empresas que querem crescer em 2025

Muitas empresas tradicionais ainda veem a digitalização como algo distante ou desnecessário, mas o cenário mudou. Os negócios que não se adaptam acabam perdendo clientes para concorrentes mais ágeis e conectados. Basta olhar para o consumo: cada vez mais pessoas pesquisam produtos online, fazem compras pelo celular e esperam atendimento rápido em aplicativos de mensagens. Quem ainda não entrou nesse mundo, está ficando para trás.

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 58% das grandes empresas no Brasil iniciaram processos de digitalização. Mas o dado que chama atenção é que apenas 29% conseguiram implementar essas mudanças com sucesso, o que mostra que muitas ainda enfrentam dificuldades para se adaptar.

Para Thiago Finch, empreendedor e CEO da Holding Bilhon, o erro de muitas empresas está em enxergar a digitalização apenas como um gasto, sem entender os benefícios reais. “A transformação digital não é só sobre tecnologia, é sobre eficiência e novas formas de vender e se conectar com clientes. Hoje, quem não investe nisso está jogando dinheiro fora, porque deixa de alcançar um público enorme que já espera esse tipo de experiência”, sinaliza.

O que as empresas ganham ao migrar para o digital

A digitalização permite que negócios tradicionais alcancem mais clientes sem precisar investir em grandes estruturas físicas. Com um e-commerce, por exemplo, uma loja de bairro pode vender para o Brasil inteiro. Um restaurante que adota pedidos online ganha mais praticidade e reduz filas. Um pequeno comércio que usa redes sociais para atendimento pode vender mais sem depender apenas dos clientes que passam na porta.

Além disso, automatizar processos internos economiza tempo e dinheiro. Sistemas de gestão ajudam a organizar estoques, controlar vendas e até evitar desperdícios. Plataformas de pagamento tornam as transações mais rápidas e seguras. Tudo isso melhora a experiência do cliente e traz resultados diretos para o faturamento.

Outro ponto importante é a coleta de dados. Ferramentas digitais permitem entender melhor o comportamento dos clientes, o que ajuda a oferecer produtos e serviços mais alinhados com o que eles realmente querem. “Em vez de tentar adivinhar o que pode funcionar, as empresas passam a tomar decisões baseadas em informações concretas”, Thiago Finch aponta.

Por que algumas empresas ainda resistem à digitalização?

Mesmo com tantas vantagens, muitas empresas tradicionais ainda evitam essa mudança. O principal motivo é o medo do desconhecido. Muitos empreendedores têm receio de errar, de gastar dinheiro sem retorno ou simplesmente não sabem por onde começar.

Outro fator é a cultura da empresa. Negócios familiares ou empresas que operam do mesmo jeito há décadas podem ter dificuldade para convencer a equipe e os gestores de que a digitalização vale a pena. O desafio não está só na tecnologia, mas em mudar a mentalidade de quem está acostumado a fazer tudo de forma manual.

Finch explica que essa barreira precisa ser superada para que a empresa continue competitiva. “O mercado não espera. Hoje, se o consumidor encontra um concorrente que oferece mais praticidade, ele troca de fornecedor na hora. Não importa o quão tradicional ou bem estabelecida a empresa seja, se ela não facilitar a vida do cliente, vai perder espaço. Isso vai de coisas simples, como aceitar pagamentos em cartão de crédito, até facilidades mais avançadas, como antecipar desejos do consumidor”, exemplifica o CEO.

Como começar a digitalização sem complicação

Para quem quer dar os primeiros passos sem grandes riscos, o ideal é começar pequeno. Um restaurante pode testar pedidos online antes de criar um app próprio. Uma loja pode vender pelo Instagram antes de abrir um e-commerce completo. Pequenos ajustes já fazem diferença na operação e na percepção dos clientes.

Investir na capacitação da equipe também é essencial. Muitos funcionários podem resistir à mudança porque não se sentem preparados para usar novas ferramentas. Treinamentos e suporte interno ajudam a tornar essa transição mais tranquila e eficiente.

Além disso, contar com parceiros especializados pode acelerar o processo. Empresas de tecnologia oferecem soluções prontas que facilitam a digitalização sem exigir grandes investimentos iniciais e com interfaces intuitivas. O importante é começar e ajustar conforme a necessidade do negócio.

Para Thiago Finch, o erro é pensar que essa mudança pode ser adiada. “Quem ainda não deu esse passo precisa agir agora. A digitalização deixou de ser uma tendência para se tornar a única forma de garantir crescimento nos próximos anos”, enfatiza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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