87% dos líderes no Brasil esperam aumentar investimentos em Inteligência Artificial

87% dos líderes no Brasil esperam aumentar investimentos em Inteligência Artificial

 84% dos entrevistados acreditam que 30% ou menos de seus investimentos em GenAI serão totalmente implementados nos próximos 3 a 6 meses

Na 4ª edição do estudo trimestral “The State of Generative AI in the Enterprise”, realizado pela Deloitte, organização com o portfólio profissional mais diversificado do mundo, 87% dos líderes entrevistados no Brasil revelaram expectativa de aumentar ou manter os investimentos em Inteligência Artificial em suas empresas neste início de ano ou em meados de 2025. Globalmente, 78% se expressaram da mesma forma.

O elevado interesse pela tecnologia disruptiva é a tônica da 4ª edição do State of GenAI, lançada pela Deloitte no Fórum Econômico Mundial em Davos, no dia 25 de janeiro, na Suíça. Nesta ocasião, foram entrevistados 2.773 executivos C-level de grandes empresas e indústrias, em 14 países. O Brasil contribuiu com 115 respondentes. Os dados foram obtidos entre julho e setembro do ano passado.

“As grandes organizações estão acomodando a tecnologia, aprendendo com ela, customizando-a e planejando maiores investimentos, dados os resultados expressivos. A busca não é apenas por eficiência operacional, mas por competitividade e inovação. Estamos vicenciando uma revolução nos modelos de negócio e de operação, com expectativa de impactos significativos no EBITDA para os próximos anos”, frisa Jefferson Denti, Chief Disruption Officer da Deloitte e líder do Deloitte AI Institute no Brasil.

Oito em cada dez (84%) líderes entrevistados ​​no Brasil acreditam que 30% ou menos das iniciativas GenAI implementadas ou testadas em suas empresas devem ser totalmente operacionalizadas nos próximos três a seis meses. A média global é de sete em cada dez (69%) nesta questão.

“O estudo reafirma que a velocidade de implementação e escala de GenAI não acompanham a evolução da tecnologia, o que requer muita atenção às tendências e decisões tecnológicas, adaptações organizacionais, aquisição e reaquisição de talentos e business cases relevantes”, reforça Jefferson Denti.

Segundo 61% dos entrevistados brasileiros, as aplicações mais avançadas de GenAI implementadas em suas empresas já atendem ou superam as expectativas de retorno do investimento. A média global é de 74% sobre o mesmo tema.

De acordo com as respostas dos líderes entrevistados, as funções de segurança cibernética e de tecnologia da informação estão liderando o caminho em termos de expansão bem-sucedida desta inovação em todo o mundo.

Confiança

No Brasil, as entrevistas capturaram dados sobre a confiança na nova tecnologia. Cerca de 33% dos consultados avaliam que a GenAI transformará substancialmente a sua organização após 3 anos de sua implementação.

“Os executivos esperam resultados relevantes e no curto prazo com o emprego da GenAI. Entretanto, os programas demandam governança para evitar ruídos, riscos e investimentos desnecessários. A Deloitte possui o TrustworthyAI, framework com seis temas para orientar a governança de IA, como segurança, privacidade, explicabilidade, responsabilidade, transparência e robustez”, enfatiza Jefferson Denti.

O estudo também analisou quais avanços/melhorias na tecnologia de IA generativa estão no radar de investimento dos líderes entrevistados no Brasil. Veja a lista abaixo.

 Avanço na tecnologia de IA % das respostas
Habilidades multimodais (capacidade de analisar dados de diferentes naturezas de forma combinada) 63%
Novas técnicas de treinamento 51%
Multi-agent systems (múltiplos modelos massivos de linguagem – Large Language Models – usados conjuntamente para melhorar as habilidades e a precisão da IA) 49%
Modelos menores, com uso menos intensivo de recursos 48%
Agentic AI (modelo de IA capaz de tomar decisões de forma autônoma) 44%
Dados sintéticos para treinamentos/ajustes 36%
Modelos de ação de grande escala 29%
Modelos de arquitetura alternativo/aprimorados 16%
Hardware avançado para aplicações de IA generativa 9%

   Metodologia

O estudo State of GenAI entrevistou executivos C-level de grandes empresas e indústrias nos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Itália, França, Espanha, Holanda, Japão, Índia e Austrália. Todos os líderes têm uma ou mais implementações funcionais de IA em uso diário, pilotos da nova tecnologia a explorar e estão em posição final de tomada de decisão sobre contratar ou gerir a inovação disruptiva. Os respondentes têm correlação direta com a estratégia de ciência de dados, aportes financeiros, condução da integração e utilização da ferramenta e mensuração do valor agregado.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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