Com apoio de empresas juniores, jovens criam soluções e aceleram o início da carreira

Com apoio de empresas juniores, jovens criam soluções e aceleram o início da carreira

Modelo gerido por universitários movimentou R$ 83 milhões em 2024

Consultorias criadas por universitários têm se consolidado como alternativa acessível para micro e pequenos empreendedores em todo o Brasil. As chamadas empresas juniores são organizações sem fins lucrativos que funcionam dentro das universidades e prestam serviços reais a clientes reais.

O modelo de empresa júnior surgiu na França em 1967 e chegou ao Brasil em 1988. Hoje, é coordenado nacionalmente pela Brasil Júnior, confederação que representa o Movimento Empresa Júnior (MEJ) no país. O movimento oferece aos estudantes a chance de aplicar o conhecimento acadêmico em projetos reais, desenvolver competências profissionais e impulsionar o empreendedorismo jovem. Em 2024, o MEJ alcançou R$ 83 milhões em faturamento, valor totalmente reinvestido na formação dos estudantes. Atualmente, reúne 1.437 empresas juniores, presentes em 274 instituições de ensino superior, com mais de 26 mil estudantes ativos.

A maioria dos atendimentos ocorre em pequenas empresas, ONGs ou negócios locais. Um exemplo é a I9 Neuro, empresa júnior da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que desenvolve equipamentos para reabilitação física e já entregou produtos em todas as regiões do país. Um dos dispositivos contribuiu para o avanço motor de uma criança com mobilidade reduzida.

Segundo a Brasil Júnior, estudantes que participam de empresas juniores conseguem emprego quatro vezes mais rápido do que aqueles que não passaram pela experiência. “Esses jovens lidam com clientes, tomam decisões, entregam resultados e lideram equipes. Isso faz diferença quando chegam ao mercado”, afirma Caio Leal, presidente da Brasil Júnior.

A diversidade também é uma característica forte da rede. 52% dos participantes são mulheres cis, 29% pertencem à comunidade LGBTQIAP+ e 32% vêm de famílias com renda per capita inferior a 1,5 salário mínimo. Em agosto de 2025, o movimento realizará o Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ) em João Pessoa (PB), com expectativa de mais de 4 mil participantes.

Entenda o que são as empresas juniores 

O que é uma empresa júnior?

É uma organização sem fins lucrativos criada e gerida por estudantes universitários. Elas funcionam dentro das universidades e têm como objetivo oferecer aos alunos uma vivência empresarial real. A proposta é aplicar na prática o que se aprende em sala de aula por meio de projetos, consultorias e atendimentos a clientes reais.

Que tipos de serviços são oferecidos?

Depende da área do curso. As empresas juniores atuam com consultorias em administração, marketing, engenharia, arquitetura, direito, psicologia, tecnologia da informação e outras áreas. Os projetos têm supervisão de professores e contam com apoio da universidade.

Quem pode contratar?

Qualquer pessoa ou empresa pode contratar uma EJ. Os principais públicos atendidos são micro e pequenos empreendedores, ONGs e até iniciativas públicas locais que buscam soluções acessíveis e inovadoras.

O trabalho é remunerado?

Os estudantes não recebem salário. O valor pago pelos clientes é utilizado para capacitação dos membros, participação em eventos, melhoria da estrutura da empresa e manutenção das atividades. O foco é o aprendizado prático, não o lucro.

Qual o impacto na carreira dos estudantes?

Segundo a Brasil Júnior, estudantes que participam do MEJ conseguem emprego quatro vezes mais rápido. Eles desenvolvem habilidades como liderança, comunicação, gestão de tempo, trabalho em equipe e resolução de problemas, tudo isso antes mesmo de se formar.

Como contratar uma EJ?

O site brasiljunior.org.br reúne informações sobre empresas juniores em todo o país. Também é possível entrar em contato com as federações estaduais para encontrar uma EJ na sua região ou área de interesse.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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