De quem é a “culpa”? Geração Z, Y, X ou Baby Boomers?

De quem é a “culpa”? Geração Z, Y, X ou Baby Boomers?

Até o fim de 2025, a geração Z deve representar 27% da força de trabalho global

Até o fim de 2025, a Geração Z — nascida entre 1997 e 2012 — representará 27% da força de trabalho global, de acordo com dados da Zurich Insurance e do Fórum Econômico Mundial. 86% dos jovens dessa geração dizem que ter um senso de propósito é essencial para sua satisfação profissional, segundo pesquisa da Deloitte. E mais: 70% disseram que priorizam empresas com valores éticos — mesmo que isso signifique ganhar menos. Por outro lado, a rotatividade entre os profissionais da Gen Z é maior do que a média, e apenas 35% deles se dizem engajados com o trabalho, número inferior ao observado entre os Millennials ou Y (42%) e Geração X (48%).

A diferença de valores em relação às gerações anteriores demonstrada em pesquisas é gritante. Se os Baby Boomers e parte dos Millennials valorizavam a estabilidade e longos anos numa mesma empresa, os estudos indicam que a Gen Z prefere autonomia, flexibilidade e impacto social. O modelo híbrido e o trabalho remoto, por exemplo, se tornaram uma realidade: 72% dos jovens já deixaram, ou consideraram deixar, empresas que não ofereciam essa liberdade.

Reginaldo Boeira, presidente da KNN Group, que reúne 12 empresas e lidera um time de mais de 16 mil colaboradores, muitos da Geração Z, além de diversos empresários de outras gerações, acredita que o desafio é entender as mudanças. “Sou adepto ao modelo de gestão mais humanizada, baseado no diálogo e na escuta ativa entre as gerações para encontrar um ponto de equilíbrio e o melhor direcionamento”, afirma.

Transformação empresarial eficaz

Reginaldo estimula colaboradores, franqueados e gestores a entenderem todas as gerações e os seus perfis para que haja uma transformação empresarial eficaz e positiva e que reflita em um bem comum, pessoal e nos negócios. “Existe sim uma diferença comportamental entre gerações que são desafiadoras para ambas as partes, tanto ao empresário, de gerações que antecedem a Z,  quanto ao  jovem que está ingressando na carreira, porém, da mesma forma, um precisa do outro. O mais importante é ter essa consciência coletiva e a promoção do diálogo constante. Também é importante ressaltar que cada pessoa é única e que não se pode estereotipar alguém pela sua faixa etária, mas sim avaliar a intenção genuína de fazer a diferença e para o bem de todos”, explica.

”Não há parte certa nem errada nesta “história”, ninguém é culpado. Existem inúmeros empresários que conquistaram o sucesso por meio de muitos desafios e, ao mesmo tempo, têm inúmeros anseios. Se as gerações mais jovens entenderem que existe um ser humano por trás do empregador, poderiam utilizar mais o senso de propósito e entender que sustentabilidade também pode ser exercida por meio da empatia. Por outro lado, há inúmeros jovens da Geração Z com um talento incrível desejando encontrar o seu espaço e o aprendizado. Da mesma forma, as outras gerações podem usar o perfil direcionado à estabilidade e a maturidade conquistadas para contribuir.  Além das responsabilidades do empresário de entender a nova geração, também existe a responsabilidade das novas gerações de entender o comportamento dos mais velhos. Muitas vezes, ambos estão agindo um para o bem do outro, mas pela falta de abertura dos dois lados e pela diferença de perfis, existe um “choque”, ressalta.

‘A conversa franca, a união, a confiança e o senso de responsabilidade das partes são pontos fundamentais para o progresso e o equilíbrio”, orienta.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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