Na contramão dos ativos tradicionais, Bitcoin sobe e rompe a casa de US$ 90 mil

Na contramão dos ativos tradicionais, Bitcoin sobe e rompe a casa de US$ 90 mil

Expectativa é que o BTC supere os US$ 120 mil até o fim de 2025

O bitcoin (BTC) voltou a ser centro das atenções nos mercados globais ao superar a marca de US$ 94 mil nesta sexta-feira (25), atingindo US$ 94.621 — seu maior valor desde fevereiro — e registrando uma valorização de 1,20% nas últimas 24 horas. Embora tenha recuado levemente na quinta-feira (24), sendo negociado por volta de US$ 93.500, a criptomoeda mantém uma trajetória de força diante de um cenário global de incertezas.

A criptomoeda mais negociada do mundo se consolida como o ativo com a maior valorização global no período recente. De acordo com projeções do MB | Mercado Bitcoin, a expectativa é que supere os U$ 120 mil até o fim de 2025, impulsionado pelo aumento do interesse institucional e pela maturação do mercado. “Com a consolidação de ETFs, a entrada de novos players regulados e a adoção crescente por governos e empresas, acreditamos que o BTC tem espaço para alcançar novos patamares ainda neste ciclo”, analisa Rony Szuster, head da área de Research do MB.

O movimento de alta ocorre em meio a intensa volatilidade nos mercados tradicionais. Nos Estados Unidos, a tensão política aumentou após o presidente Donald Trump voltar a criticar publicamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, lançando dúvidas sobre a independência do banco central. Esse cenário levou investidores a buscar proteção em ativos considerados alternativos, como criptomoedas.

Alta deve seguir

Dados recentes apontam que grandes investidores institucionais, conhecidos como “baleias”, retomaram a acumulação de BTC, fortalecendo a percepção de que o ativo pode seguir em alta nos próximos meses.

“O Bitcoin volta a se destacar em um momento em que o investidor global está procurando segurança fora do sistema financeiro tradicional. A crítica de Trump ao presidente do FED, Jerome Powell, acendeu um alerta, e o BTC, por sua natureza descentralizada, tem se beneficiado desse cenário”, explica Szuster.

Nos últimos 45 dias, o Bitcoin demonstrou resiliência, registrando uma valorização de aproximadamente 15,7%, mesmo diante de um cenário de forte volatilidade nos mercados financeiros. Nos últimos 10 anos, o BTC valorizou mais de 14.741,2% contra 160% do S&P 500 e 55% do ouro, segundo dados compilados pelo site The Blockchain Digital.

“O desempenho histórico do Bitcoin mostra sua força como ativo de longo prazo, sendo um ativo nativamente digital, facilmente transferível, fracionável e globalmente acessível”, acrescenta.

Outro fator que tem impulsionado o sentimento positivo no mercado de criptoativos é a sinalização do governo norte-americano em favor de uma maior institucionalização do setor. A recente criação de uma reserva estratégica de Bitcoin pelos Estados Unidos, com parte dos ativos apreendidos em operações legais, reforça a tese de que o BTC está sendo cada vez mais tratado como um ativo estratégico pelas grandes potências.

“O fato de um governo como o dos EUA considerar o Bitcoin como parte de uma estratégia de reserva de valor mostra como o jogo mudou. Trata-se de uma peça legítima no tabuleiro macroeconômico”, completa.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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