8 em cada 10 profissionais veem a automação como aliada

8 em cada 10 profissionais veem a automação como aliada

TI e segurança da informação, produção industrial, atendimento ao cliente, finanças e logística estão entre as áreas mais suscetíveis à automação

Após um período inicial de estranhamento e adaptação, o mercado de trabalho já começa a sentir os efeitos da automação e passa a exigir novas competências dos profissionais. É o que revela a 31ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), segundo a qual 84% dos profissionais empregados acreditam que a mecanização pode melhorar a qualidade do trabalho, enquanto 59% demonstram interesse em adquirir novas habilidades.

O dado mais preocupante, no entanto, é que 12% dos entrevistados não percebem a robotização como um fator que impactará diretamente sua rotina profissional.

De acordo com Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half, o avanço da automação redefine o mercado de trabalho, e a adaptação requer uma postura proativa dos profissionais. Mais do que identificar as novas tecnologias, o executivo defende que é crucial desenvolver um mindset de aprendizado contínuo e focar em habilidades que complementam a automação. Para as empresas, a estratégia passa por investir em programas de upskilling e reskilling, criando um ecossistema onde a tecnologia potencializa o talento humano, em vez de substituí-lo completamente.

“Como empresa, acreditamos que o futuro do trabalho será marcado pela colaboração entre pessoas e máquinas, e a chave para o sucesso reside em preparar ambos para essa nova realidade. A responsabilidade está, sobretudo, nas mãos do profissional, que deve ser o protagonista da própria carreira, buscando o aprimoramento técnico e o desenvolvimento contínuo de soft skills. A capacidade analítica humana continuará sendo inestimável, agora e no futuro”, orienta Nogueira.

De acordo com os recrutadores entrevistados, 56% enxergam a tecnificação como um fator gerador de novas funções, com impacto direto na produtividade e na redução de funções operacionais. Áreas como TI e segurança da informação, manufatura e produção industrial, atendimento ao cliente, finanças e logística estão entre as mais suscetíveis à automação nos próximos anos.

Em resposta a esse cenário, as empresas já buscam candidatos com determinadas habilidades, que tendem a ser ainda mais valorizadas no médio e longo prazo:

1) Análise de dados e noções de inteligência artificial (57%)
2) Programação e operação de sistemas automatizados (41%)
3) Capacidade de adaptação a novas tecnologias e ferramentas (38%)
4) Pensamento crítico e tomada de decisões estratégicas (30%)
5) Criatividade e resolução de problemas complexos (24%)

“Olhando para os próximos anos, a Robert Half entende que a automação não significará apenas a substituição de tarefas, mas a criação de uma nova dinâmica no ambiente de trabalho. Profissionais que desenvolverem habilidades complementares, como criatividade, pensamento estratégico e inteligência emocional, estarão na vanguarda desse cenário. Para as empresas, o desafio será redesenhar processos e investir em treinamento para que suas equipes possam aproveitar ao máximo o potencial da automação, focando em atividades de maior valor agregado e impulsionando a inovação”, finaliza Lucas Nogueira.

O recorte faz parte da 31ª edição do ICRH, resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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