68% da população brasileira está otimista com as finanças familiares

Taxa é 6% menor que o último resultado do Estudo Consumer Pulse
O Estudo Consumer Pulse, com dados referentes ao primeiro trimestre de 2025, revela que 68% das pessoas entrevistadas estão otimistas em relação às finanças familiares para este ano. Apesar de parecer elevado, este índice é 6% menor quando comparado ao apresentado no quatro trimestre de 2024, refletindo o cenário econômico atual de alta da taxa de juros (Selic). O estudo é elaborado trimestralmente pela TransUnion – empresa global de informações e insights que atua como datatech, com dados da pesquisa realizada entre 6 e 28 de fevereiro de 2025.
Para os próximos seis meses, a pesquisa mostra que 36% das pessoas estão preocupadas com a inflação dos produtos do dia a dia, como alimentos, vestuário, produtos de higiene pessoal e limpeza – um aumento de 7% em comparação com o período passado. Ainda, 14% temem por seus empregos, com queda de 2%, e 13% receiam sobre a taxa de juros, atualmente em 14,75%, a maior desde 2016 e que tem como consequência a desaceleração econômica, encarecendo o acesso ao crédito e desestimulando o consumo.
Empréstimos
Quando questionadas sobre as modalidades de crédito e empréstimos que planejam solicitar no Brasil, 36% consideram um novo empréstimo pessoal, e 25% pretendem refinanciar um empréstimo pessoal existente. “Embora não tenha sido tema alvo nas entrevistas, para os trabalhadores CLT a tendência é de uso do novo consignado privado como alternativa ao empréstimo pessoal. Desde que foi lançado, em março deste ano, já foram concedidos mais de R$ 10 bilhões pelas instituições financeiras participantes. A tendência é que, para os consumidores elegíveis, o consignado privado seja a primeira opção quando estiverem buscando um novo crédito e/ou refinanciamento de uma operação existente. Os principais motivos que têm chamado a atenção do público são as taxas de juros geralmente menores do que outros tipos de empréstimo devido à garantia do pagamento, e a possibilidade de prazos mais longos, como em até 36 meses. Além disso, um fator que acelerou a adoção do produto foi a facilidade de contratação via plataformas da Carteira Digital e diretamente com as instituições financeiras participantes”, explica Helena Leite, especialista em bancos e fintechs da TransUnion Brasil.
O estudo também revela que houve mudanças nas dívidas e economias relatadas pelos consumidores em relação ao período anterior: 23% das pessoas entrevistadas tiveram um maior uso do crédito disponível – uma redução de 4%, e 21% têm quitado suas dívidas mais rápido – um aumento de 2% comparado com o período anterior.