Reputação corporativa ganha protagonismo, mas empresas ainda enfrentam desafios

Reputação corporativa ganha protagonismo, mas empresas ainda enfrentam desafios

Pesquisa revela tendências, dificuldades e a crescente valorização da reputação como ativo estratégico nas organizações

A perspectiva reputacional das marcas tem ganhado cada vez mais espaço nos fóruns de discussão. À medida que a construção social de uma marca está diretamente relacionada à sua percepção perante os mais diversos públicos, por meio de diferentes canais simultaneamente, torna-se cada vez mais complexa a gestão de reputação das marcas. Lançado em maio, o Panorama da Gestão de Reputação Empresarial no Brasil em 2025, traz um diagnóstico sobre como as empresas brasileiras estão lidando com a reputação em um cenário cada vez mais desafiador.

Desenvolvida pela Knewin, organização reconhecida como referência na gestão de reputação, a pesquisa contou com a participação de profissionais de diversos setores e portes, evidenciando pontos sensíveis para o setor, como a incapacidade de mensurar o impacto financeiro das ações reputacionais, relatada por 22% dos entrevistados — um desafio que afeta diretamente a alocação de recursos.

Para Michelli Peixoto, head de imprensa da Estácio, os dados reforçam a crescente valorização da reputação como ativo estratégico no mundo corporativo e mapeiam como as empresas estão lidando com a mensuração.

“Muitos profissionais percebem o retorno positivo das ações, mas uma parcela significativa ainda não consegue medir, na prática, esse impacto. Felizmente, vivenciamos uma crescente evolução tecnológica que nos permite extrair dados, que precisam ser correlacionados com o momento atual e a perspectiva de futuro de cada marca. Embora ainda seja uma tarefa desafiadora, já podemos contar com ferramentas de apoio à gestão de reputação”, comenta Michelli.

Outro dado alarmante diz respeito à preparação para crises. Segundo o documento, apenas 12% das empresas se consideram altamente preparadas para crises, com planos detalhados e simulações regulares. Enquanto 33,3% possuem uma preparação razoável, 28% ainda estão em fase de desenvolvimento estratégico, destacando uma lacuna significativa em gestão de crises no Brasil.

Exercício de antecipação

Vanessa Vieira, diretora de Marca e Comunicação da Motiva, alerta para a necessidade de um exercício de antecipação. “O preparo para a gestão de uma crise se baseia em dois pilares – dados confiáveis para apoiar a tomada de decisão e treinamento, para que esta tomada de decisão aconteça de forma ágil. Para isso, é preciso ter mapeada toda a cadeia de pessoas e stakeholders que precisam ser acionados para compor o comitê de crise e exercitar essas situações”, comenta Vanessa.

Tatiana Maia Lins, coordenadora da pesquisa, consultora em gestão da reputação na Makemake e professora na ESPM, complementa que este é um cenário que precisa de maior atenção das empresas brasileiras. “Reputação é a moeda dos tempos que vivemos. A melhor forma de fazer gestão de crise é evitando que ela aconteça. Uma vez acontecendo, a empresa que estiver preparada para responder à crise retornará à normalidade mais rapidamente, com menos prejuízos tangíveis e intangíveis”, alerta Tatiana.
Além de apresentar uma visão geral da reputação empresarial e oferecer informações sobre os pilares reputacionais que moldam a percepção pública de marcas, o estudo também aponta tendências para os próximos anos.

“Os dados apontam para um maior foco em sustentabilidade e responsabilidade social, segundo 53% dos entrevistados, seguido de estratégias integradas de reputação, com 50%, como principais tendências. Além disso, a reputação digital e a aplicação de IA também estão em evidência, refletindo transformações no mercado”, finaliza Tatiana.

O lançamento do Panorama da Gestão de Reputação Empresarial no Brasil em 2025 ocorreu durante o Reputation Day, evento presencial que reuniu líderes da comunicação e executivos no auditório da ESPM Tech, em São Paulo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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