Quanto é preciso investir para se tornar milionário até 2035?

Quanto é preciso investir para se tornar milionário até 2035?

Com o valor inicial aplicado de R$ 10 mil e aportes mensais de R$ 2.500 um investidor leva pouco mais de 10 anos para conseguir primeiro milhão

Se você tem um capital inicial de R$ 10 mil para investir e disciplina para aplicar mensalmente o total de R$ 2.500, em uma década se tornará milionário. Isso, se decidir alocar seu capital em ativos reais, que rendem em média 21% ao ano. Caso a opção seja a renda fixa (CDI), o tempo de espera aumenta para 12 anos e 7 meses e no mercado acionário para 15 anos e 5 meses. Já na poupança, modalidade preferida pelos brasileiros para guardar recursos, seriam necessários 18 anos e 3 meses.

As estimativas são da Calculadora do Milhão, recém-lançada pela plataforma de investimentos alternativos Hurst Capital. O simulador estipula uma rentabilidade anual de 21% para ativos reais, 14% para o CDI, 9% para o Ibovespa e 6% para a poupança e permite que o usuário defina qual o capital inicial e os aportes mensais que deseja fazer para obter o primeiro milhão.

“Quando vou chegar ao primeiro milhão? Esta é a pergunta que todo o investidor iniciante se faz e que sempre vem rodeada pela palavra depende. Afinal, depende do capital inicial e de quanto se pretende investir por mês e ainda mais de qual é o ativo escolhido. Para resolver esta questão, criamos uma calculadora que, ao comparar diferentes tipos de ativos, responde de forma prática e rápida e dá um caminho a ser seguido sobre quanto precisará aportar por mês”, afirma o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache.

Poupança demora o dobro

Para quem já tem um valor inicial maior aplicado, os aportes mensais podem ser mais baixos, porém ainda é essencial manter a disciplina. Segundo o simulador, com um valor inicial de R$ 60 mil, as aplicações ao mês necessárias para ter o primeiro milhão em dez anos caem para R$ 1.500,00.  Já para aqueles que ainda não começaram, a calculadora deixa claro que o principal é manter a disciplina de aplicar mensalmente e diversificar para além da poupança. Os cálculos mostram que, com R$ 1.000 ao mês, são necessários 30 anos e 5 meses para obter um milhão. No mercado acionário, o tempo cai para 24 anos e 6 meses, no CDI para 19 anos e com alternativos 14 anos e 11 meses.

“Chama a atenção a diferença de tempo necessário entre a poupança e os alternativos. Quem decide manter seu patrimônio na poupança demora praticamente o dobro do tempo para conseguir se tornar milionário”, observa o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache ao lembrar o quão é importante que os brasileiros conheçam novas modalidades de investimentos para otimizar os ganhos de capital.

Segundo a pesquisa Raio-X do Investidor, publicada pela Anbima, 37% da população investiu em produtos financeiros em 2024 (59 milhões de pessoas). Enquanto 32 milhões de pessoas investem apenas na poupança, outras 27 milhões diversificam suas aplicações em mais de um produto. Ainda de acordo com o levantamento, a segurança financeira é a principal vantagem percebida ao investir, tanto entre pessoas que já são investidoras (43%) quanto na população geral (35%). O retorno financeiro aparece como o segundo benefício mais citado e tem crescido como motivação entre os mesmos grupos (30% e 25%, respectivamente).

Alternativos versus renda fixa e bolsa

Mas por que a rentabilidade dos ativos reais ou alternativos é tão mais elevada do que os tradicionais instrumentos do mercado financeiro. A classe envolve investimentos na economia real, como private equity, imóveis, commodities, obras de arte, royalties musicais, criptomoedas, NFTs, precatórios, recebíveis entre outros. Tais ativos são mais estáveis em tempos de crise.

“Ao contrário da renda fixa e da Bolsa, que reagem diretamente aos ciclos de juros e ao humor do mercado, os alternativos têm dinâmicas próprias. Eles não se movem com o sobe-e-desce da Selic ou com a volatilidade do Ibovespa. Isso significa que, quando tudo está instável, eles ajudam a proteger patrimônio e preservar retornos. Estamos falando de ativos que continuam gerando valor mesmo quando os mercados travam”, explica Farache ao lembrar que Larry Fink, CEO da Black Rock, repetidamente sugere a alocação de 20% da carteira em alternativos.

Um dos pontos, entretanto, que o investidor precisa ficar atento é ao prazo de resgate da aplicação, pois sua liquidez nem sempre é imediata. “Como todo investimento, os ativos alternativos exigem estudo, análise e conhecimento, mas dizer que só grandes fortunas podem investir nisso já não é verdade. O que falta, muitas vezes, não é dinheiro, é curiosidade”, diz.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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