Associação de Consumidores pede cautela com PanAmericano

A Proteste Associação de Consumidores exigirá do Banco Central uma apuração profunda e detalhada da possível fraude praticada pelo Banco PanAmericano para cobrir um rombo” em suas contas. A instituição teria incluído em seu balanço carteiras de clientes já vendidas a outros bancos. Agora teve que recorrer a um empréstimo de R$ 2,5 bilhões junto ao Fundo Garantidor de Crédito, para cobrir o furo que tentou camuflar em suas contas.
 
No entender da Proteste, o episódio demonstra a falta de controle e de fiscalização do Banco Central sobre o sistema financeiro. Apesar do Banco Central ter anunciado que irá apurar a fraude e as responsabilidades no episódio, a Proteste defende que a investigação inclua também as práticas do Banco que atentam contra os direitos do consumidor. O PanAmericano é alvo frequente de reclamações de associados, que buscam a intermediação da  Proteste para resolver seus problemas.
 
Como o PanAmericano é um banco comercial que atua na oferta de crédito e não possui segmento de conta-corrente e depósitos, a fraude contábil de R$ 2,5 bilhões identificada em sua contabilidade pelo Banco Central não deverá acarretar prejuízos diretos aos consumidores. A dívida financeira foi coberta com recursos do FGC e a dívida contraída com o fundo será atribuída ao acionista majoritário do banco, o Grupo Sílvio Santos.

As queixas contra o PanAmericano registradas pela Proteste envolvem, em sua maioria, cobranças indevidas, descumprimento de oferta, má prestação de serviços e outras práticas abusivas, envolvendo os serviços de financiamento e cartões de crédito do banco. A Associação identificou, por exemplo, que o PanAmericano continua cobrando tarifas proibidas pelo Conselho Monetário Nacional, como a taxa de emissão de boleto.  Tem sido prática do banco não responder, ou demorar para dar o retorno, após receber notificação da Proteste sobre queixas de consumo, e em geral, nega os problemas denunciados pelos consumidores.
 
A Proteste recomenda prudência aos clientes do Banco PanAmericano, tendo em vista a incerteza quanto ao futuro da instituição, e os problemas recorrentes que afetam os seus consumidores. Quem for contratar crédito deve ter o cuidado de comparar as condições oferecidas com as disponíveis no mercado, e se informar sobre o Custo Efetivo Total (CET).O consumidor que tem compromissos financeiros com o banco deve manter os pagamentos normalmente.
 
Segundo a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci,  é importante que os clientes do banco guardem todos os contratos e extratos dos financiamentos e cartões que possuem, caso necessitem reclamar seus direitos no futuro. Quem não tem os documentos, devem solicitá-los o quanto antes junto aos canais de atendimento do PanAmericano.

O canal de atendimento telefônico da Proteste  (21) 3906-3800 está  aberto aos associados que enfrentarem problemas com práticas abusivas, má prestação de serviços e cobrança indevida por parte do PanAmericano. Os demais devem procurar imediatamente os órgãos de defesa do consumidor. Se o consumidor estiver sendo cobrado indevidamente por telefone, ele deve pedir a comprovação do pagamento da dívida por escrito na aência. Depois, deve entrar em contato nos órgãos de defesa do consumidor.

Soma

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