Novas regras para importação atingem indústrias do Paraná

As novas regras para a importação de máquinas e equipamentos por meio do benefício conhecido como ex-tarifário, implantadas pelo governo federal no mês de abril, já provocam consequências para a indústria do Paraná. Segundo a  supervisora técnica da Mundial Import & Export Solutions, assessoria técnica de comércio exterior e de serviços aduaneiros, Mariel Vicentine, as normas atrasam o desenvolvimento de projetos para a fabricação de novos produtos e até a implantação de novas empresas no estado. Antes um processo de importação demorava, em média, quatro meses entre a entrada do pedido em Brasília até a publicação no Diário Oficial da União. Hoje, este trá¢mite dura entre seis e sete meses”, explica.

Um cliente da Mundial que tinha previsão de iniciar as operações da sua nova fábrica instalada em Curitiba no mês de setembro, só verá as suas máquinas funcionando no ano que vem. Apesar disso, as novas regras não chegam a inviabilizar a chegada de novas indústrias no país, mas interfere nas decisões estratégicas”, continua. Entre os motivos apontados para esta mudança estão a manutenção do equilíbrio da balança comercial e a proteção á  indústria nacional. O interesse internacional pelo Brasil aumentou o capital de importação do país. Estas medidas chegam para manter no mesmo nível as importações e exportações brasileiras, mantendo o equilíbrio da economia”, destaca  Mariel.

Desde o início do ano, o número de concessões da alíquota de importação reduzida (em média em torno de 2%), chamado de ex-tarifário, que permite que empresas comprem bens do exterior, desde que não tenham similar nacional, caiu 70% em todo o Brasil. Em março, não foi feita nenhuma autorização e, em abril apenas um ex-tarifário foi aprovado. Para aqueles produtos que se encaixavam na descrição, a redução era considerável, pois os impostos normais variam de 12 á  14%”, completa a supervisora da Mundial. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio a queda não se deve a uma redução na demanda, mas á  reformulação da análise do benefício.

Soma

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