Movimentação no Porto de Antonina cresce 75% no primeiro semestre
Nos primeiros seis meses deste ano, o Porto de Antonina já recebeu 50 navios. No mesmo período, em 2012, foram apenas 21. Movimento maior de embarcações representa maior movimentação de carga que, somada à melhora na produtividade, resultou em um aumento de 75% nas movimentações. De janeiro a junho foram 758,1 mil toneladas. No ano passado, foram pouco mais de 433 mil toneladas. Segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, o aumento na quantidade de navios recebidos está diretamente relacionado à dragagem.
“A dragagem de manutenção dos pontos críticos do acesso ao Porto de Antonina retirou aproximadamente um milhão de metros cúbicos de sedimentos, ampliando a profundidade no local – que está superior a 8 metros. Há 15 anos o Porto de Antonina não recebia uma dragagem”, explica Dividino. Ao todo, a Appa investiu R$ 37 milhões em recursos próprios para a realização da obra.
“Com esta obra, o objetivo da Appa e do governo do Paraná é melhorar consideravelmente as condições de navegação em Antonina. A reativação de Antonina no Governo Beto Richa abriu uma nova alternativa de descarga de fertilizantes no Paraná, permitindo a redução dos custos das filas de espera que era repassada diretamente ao produtor agrícola. Em números, com base nos registros do Sindicato das Industrias de Adubos (Sindiadubos), a operação em Antonina reduziu em mais de 14 dias a espera para atracação no Porto de Paranaguá, o que significa, no momento de maior movimento, uma economia na ordem de US$ 8 por tonelada que antes eram adicionadas ao preço dos fertilizantes por conta da sobreestadia dos navios”, completa o superintendente.
No primeiro semestre de 2013, o Porto de Antonina importou fertilizantes e exportou açúcar. Foram 23 mil de açúcar e mais de 735,1 mil toneladas de fertilizante. O açúcar teve como destino o Porto de Tema, em Gana. Já o fertilizante veio da China, Noruega, Marrocos, Venezuela, Lituânia, Finlândia, Togo, Catar, Estônia, Estados Unidos, Letônia, Holanda, Rússia e Ucrânia. De acordo com o diretor comercial da Ponta do Félix, operadora portuária que atua no Porto de Antonina, Cícero Simião, o número reduzido de navios recebidos em 2012 se explica pela redução no calado – fator que, segundo ele, já foi reestabelecido. Sobre o aumento na movimentação, ele explica que a organização foi fator primordial.
“O mérito não é apenas da empresa, mas também da Administração do Porto. A organização de um Pátio de Triagem em Antonina, a exemplo do que existe em Paranaguá, para acabar com a fila de caminhões, deu mais agilidade ao processo. Internamente, podemos destacar melhorias nos procedimentos, a boa análise operacional e o posicionamento estratégico. Melhoramos a eficiência, aplicamos mudanças assertivas na recepção dos navios. Tudo isso contribuiu para melhorar o desempenho do terminal”, afirma.