Demissões no setor de máquinas e equipamentos continuarão em 2016
A notícia para os trabalhadores da indústria brasileira de máquinas não é boa: o setor vai continuar demitindo em 2016. Quem avaliou foi o diretor de Competitividade Economia e Estatística da Abimaq Mário Bernardini, durante apresentação dos índices que “fecharam” os números do setor em 2015. Para ele, perto de 20 mil vagas devem ser eliminadas neste ano, com o segmento de máquinas terminando o triênio com menos 100 mil postos de trabalho.
“O ajuste no emprego vai continuar porque ainda não foi totalmente ajustado”, garantiu Bernardini. No entender do diretor, a lamentação ainda é maior porque são empregos extremamente qualificados, pessoas treinadas e habilitadas em suas funções que ficam fora do mercado de trabalho.
Já, o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, só visualiza um cenário, ao menos, esperançoso, se o Governo atender uma das reivindicações do setor que é adotar um programa de incentivos fiscais para que as fábricas instaladas no Brasil renovem seus parques industriais com a compra de máquinas e equipamentos. “Nós sabemos da dificuldade fiscal que o governo tem neste momento, mas seria importante um esforço para que o parque industrial se renove”, disse Pastoriza.
Durante a retrospectiva, o presidente destacou que a desvalorização do câmbio é o único aspecto que entusiasma o setor em 2016. Para os dirigentes da Abimaq, o real mais fraco proporciona uma porta de saída para um setor que enfrenta custos ainda elevados, forte redução da demanda doméstica e enormes incertezas sobre os desdobramentos que a crise política terá sobre a economia.