Produção industrial brasileira cai 11,8% no primeiro bimestre do ano

indústriaA queda de 2,5% na produção industrial brasileira de janeiro para fevereiro deste ano reflete retrações nos parques fabris de 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, hoje (7), a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional.

Os dados indicam que, na série com ajuste sazonal, os recuos mais intensos foram registrados na Bahia, onde a retração chegou a 7,9%, uma queda de 5,4 pontos percentuais em relação à taxa média para o país; e Amazonas, que, com a queda de 4,7%, ficou 2,2 pontos percentuais abaixo da média global. No caso do Amazonas, o recuou de 4,7% é o nono consecutivo, período em que o estado acumulou perda de 26,7%.

Também fecharam fevereiro com recuos superiores à média nacional, a região Nordeste, que encerrou fevereiro com queda de 3,6%; Santa Catarina (-3,3%); e Ceará (-2,8%). Já Pernambuco teve queda dos mesmos 2,5% da média nacional.

Em São Paulo, onde fica o maior parque fabril do país, a retração de fevereiro em relação a janeiro foi de 2,1%; no Rio de Janeiro (-1,9%); no Paraná (-1,6%); no Rio Grande do Sul (-1,3%); e em Minas Gerais (-0,7%).

Na outra ponta, fechou com resultados positivos o Pará, cujo crescimento de 6,2% chegou a ser 3,7% superior à média nacional de 2,5%. Também apresentaram resultados acima da média global o Espírito Santo, com crescimento de 5,3%; e Goiás (4,1%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria nacional, que encerrou fevereiro com queda de 1% – no trimestre fechado em fevereiro de 2016 frente ao nível acumulado nos três meses encerrados no mês anterior (janeiro) – a analise regional indica que nove locais acusaram taxas negativas.

O principal recuo ocorreu em Pernambuco (-7,6%); seguido do Amazonas (-4,8%); Santa Catarina (-1,6%); e São Paulo (-1,2%). Por outro lado, Pará, com expansão de 3,8%; Goiás (1%) e Rio Grande do Sul (1%) ficaram com os avanços de fevereiro.

A queda de 9,8% na indústria brasileira em fevereiro de 2016 na comparação com fevereiro de 2015 reflete resultados negativos em doze dos quinze locais pesquisados, mesmo com fevereiro deste ano tendo um dia a mais.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (7) pelo IBGE indicam que, em fevereiro deste ano, as quedas mais intensas foram em Pernambuco, com 26,2% e 15,4 pontos percentuais abaixo da média para o total do país, seguido do Amazonas (-25%) e Espírito Santo (-18,6%).

Quanto a Pernambuco, o IBGE atribuiu a retração à queda na fabricação dos setores de produtos alimentícios (açúcar refinado de cana e cristal, sorvetes e picolés). No Amazonas, há uma gana muito maior de produtos, principalmente equipamentos de informática, eletrônicos e óticos e equipamentos de transporte (motocicletas e peças). Já no Espírito Santo, influenciaram o resultado negativo as indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados).

A pesquisa indicou que Mato Grosso (18,1%), Pará (15,4%) e Bahia (11,0%) assinalaram os avanços registrados na mesma base de comparação. No caso do Mato Grosso, a maior expansão, com crescimento de resultado 8,3 pontos percentuais acima da média global de 9,8%, o resultado se deve ao comportamento positivo de produtos alimentícios (tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas).

A queda acumulada de 11,8% em janeiro e fevereiro de 2016, comparativamente ao dois primeiros meses de 2015, alcançou doze dos quinze locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à média nacional: Amazonas e Pernambuco (ambos com queda de 28%); Espírito Santo (-22,5%); Minas Gerais (-15,2%); e São Paulo (-14,2%).

Paraná (-11,2%), Ceará (-10,0%), Rio de Janeiro (-9,1%), Santa Catarina (-8,0%), Goiás (-6,8%), Rio Grande do Sul (-4,9%) e região Nordeste (-3,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento do primeiro bimestre do ano, porém, com resultados abaixo da média global de 11,8%.

Indústria anualizada

Já a taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos doze meses, recuou 9% em fevereiro de 2016 para o total da indústria nacional, contra os doze meses imediatamente anteriores. O resultado reflete retrações no parque fabril de treze dos quinze locais pesquisados, mas somente seis apontaram menor dinamismo frente ao índice de janeiro último.

As principais reduções de ritmo, entre janeiro e fevereiro, foram anotadas em Pernambuco (de -7,6% para -10,1%) e Espírito Santo (de 0,7% para -2,6%), enquanto Bahia (de -5,2% para -2,9%) e Mato Grosso (de 1,6% para 3%) mostraram os principais ganhos entre os dois períodos.

A retração de 9% na taxa acumulada nos últimos doze meses foi a mais intensa desde os 9,4% de novembro de 2009, mantendo a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). (Agência Brasil)

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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