Custo com crimes virtuais é maior no setor de Serviços Financeiros

O custo para gerir e conter ciberataques em empresas de serviços financeiros é mais alto do que em qualquer outro setor. Além disso, o número de incidentes triplicou ao longo dos últimos cinco anos, segundo estudo da Accenture (NYSE: ACN) e do Ponemon Institute.

O relatório Cost of Cyber Crime Study analisa os custos gerados pelos crimes cibernéticos e aplica uma metodologia de comparaçção ano a ano. A conclusão é que o custo médio desse tipo de ocorrência em empresas de serviços financeiros do mundo todo cresceu mais de 40% ao longo dos últimos três anos, saltando de US$ 12,97 milhões por empresa em 2014 para US$ 18,28 milhões em 2017 – número significativamente maior do que o custo médio de US$ 11,7 milhões por empresa entre os demais setores analisados pelo estudo. A análise focou os custos diretos dos incidentes e não inclui os custos de remediação ou investimentos de longo prazo.
Contudo, o estudo também observa que, ao mesmo tempo em que os ataques cibernéticos têm maior impacto monetário no setor de serviços financeiros do que em qualquer outra área, as empresas do setor seguem fazendo investimentos em tecnologia que contribuem com a redução significativa do custo desses incidentes. A maior parte dos gastos em defesa cibernética é feita em soluções mais avançadas, como sistemas inteligentes de segurança, seguidos por automação e machine learning.

“Nosso estudo concluiu que, na medida que os custos dos crimes cibernéticos continuam a subir, as empresas do setor financeiro têm investido consideravelmente mais em tecnologias de segurança para combater ataques do que as empresas de outros setores,” afirma Chris Thompson, diretor executivo da Accenture e líder global da área de Finance & Risk. “Isso acontece principalmente em relação ao uso de tecnologias de automação, inteligência artificial e machine learning, que serão críticas no combate ao cyber crime no futuro”.

Abaixo, as principais conclusões em relação ao setor de serviços financeiros:

• A média de ocorrências por empresa cresceu mais de três vezes ao longo dos últimos cinco anos, passando de 40 em 2012 para 125 em 2017; número levemente inferior à média global de 130 ocorrências em todos os setores.
• Quase dois terços (60%) dos custos totais com segurança nas empresas de serviços financeiros são decorrentes da contenção e detecção desse tipo de ocorrência.
• O maior impacto dos ataques em empresas de serviços financeiros são a interrupção de serviços e a perda de informações, que juntos representam 87% do custo de resposta aos incidentes desta natureza. Já a perda de receita representa apenas 13%.

O estudo ainda destaca que é possível fazer muito mais em relação às tecnologias de segurança implantadas na área de serviços financeiros. Apenas um quarto (26%) das empresas implantaram de fato tecnologias de segurança baseadas em IA, enquanto menos de um terço (31%) usa analytics avançados para combater os crimes virtuais.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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