Arbitragem é modalidade em crescimento no País

Arbitragem é modalidade em crescimento no País

Os conflitos entre empresas podem ser resolvidos por meio da arbitragem, sem que seja necessário recorrer à justiça comum. Esse é um mecanismo garantido por legislação específica e válida em todo o Brasil desde 1996. O tema foi discutido por especialistas na Amcham-Curitiba. Em todo o Brasil, o Centro de Arbitragem da Amcham viu a demanda crescer de cinco casos de janeiro a setembro de 2017 para 16 no mesmo período deste ano.

Em linhas gerais, esse método, que deve crescer em 10% ao ano no Brasil segundo o Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem (Conima), privilegia a flexibilidade e o sigilo, além de propiciar mais agilidade a litígios.

Na arbitragem, as partes escolhem o julgador que profere uma decisão definitiva – em que não cabe recurso – com a mesma força de uma decisão judicial. “Apesar de eficiente, muitos advogados não têm muitas informações a respeito e não sabem quando esse processo é mais eficiente do que pelos trâmites convencionais”, diz Bruno Guandalini, mestre no assunto pela Georgetown University Law Center e sócio da Guandalini Sampaio Advogados.

Guandalini aponta ainda o prazo mais curto como outra vantagem da arbitragem. “Decisões que pela arbitragem duram 18 meses em média podem passar de dez anos se forem resolvidos pelo Poder Judiciário”, compara. Além disso, as decisões de litígios por arbitragem valem em 158 países e há possibilidade de adoção da confidencialidade pelas partes, desde que não envolva a administração pública. Os custos, no entanto, devem ser avaliados pelas empresas antes de decidir pela arbitragem. Caso seja essa a escolha, as partes devem optar por uma câmara e nomear árbitros experientes no procedimento e nos temas que serão discutidos.

Expertise

A Amcham (Câmara Americana do Comércio), que tem sede em várias cidades do Brasil – inclusive em Curitiba – já administrou mais de 125 casos desde a fundação do seu Centro de Arbitragem, em 2000. “A média geral de duração dos Procedimentos Arbitrais do Centro Amcham é de 18 meses”, informa a secretária-geral da Câmara de Arbitragem e Mediação da Amcham Brasil, Carolina Morandi.

Apesar de estar sediado em São Paulo, o Centro de Arbitragem da Amcham utiliza as regionais (como Curitiba, por exemplo) para receber protocolos e documentações, além de realizar audiências sem custo adicional às empresas. Além do Paraná, o Centro atua em São Paulo, Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Goiás. Alguns casos em andamento são de empresas com sede em outros países, como Estados Unidos e França.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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