87% das brasileiras do setor de tecnologia pretendem continuar na área

87% das brasileiras do setor de tecnologia pretendem continuar na área

A Booking.com, uma das maiores empresas de e-commerce de viagens e líder de tecnologia digital do mundo, divulgou novos resultados de um estudo global cujo objetivo é revelar as experiências e percepções de mulheres que trabalham no setor de tecnologia. Entre 4 e 5 mulheres brasileiras (87%) que trabalham atualmente no setor de tecnologia afirmam que pretendem continuar na área pelos próximos 5 a 10 anos, refletindo a confiança que sentem em seus cargos e o potencial futuro do setor. A pesquisa também identificou as atitudes que as profissionais da área podem tomar e já tomam para estimular a igualdade de gênero no local de trabalho, além de medidas proativas que elas consideram fundamentais que as empresas adotem para que mulheres sejam ainda mais bem-sucedidas em tecnologia.

De acordo com a pesquisa da Booking.com, o comprometimento em continuar no setor de tecnologia é comum a mulheres brasileiras em diferentes estágios de suas carreiras, como profissionais no início da carreira, com 1 a 5 anos de experiência (84%), profissionais experientes, com mais de 10 anos de carreira (91%) e aquelas que estão retornando ao setor – mulheres que voltaram ao mercado depois de uma pausa em suas carreiras (90%). Estes dados indicam que os níveis de satisfação de mulheres no setor de tecnologia aumentam conforme elas progridem na área, influenciando positivamente suas intenções de continuar.

Enquanto isso, dentre as profissionais brasileiras que não pretendem continuar no setor no futuro, uma boa parte cita problemas e barreiras referentes ao ambiente de trabalho, como não terem suas opiniões e contribuições valorizadas (21%), e não conseguem prever seu desenvolvimento profissional a partir de um determinado ponto (32%).

Mas, além do próprio compromisso com o setor de tecnologia, as mulheres da área estão engajadas em incentivar novas candidatas a ingressar no setor. No Brasil, cerca de 9 a cada 10 mulheres que trabalham com tecnologia (95%) dizem que recomendariam uma carreira no setor para a próxima geração de estudantes do ensino médio e universitárias. Ao analisar os mercados, esse sentimento das brasileiras é o segundo mais forte, atrás apenas das profissionais da Índia (97%).

“Claramente há vontade e otimismo nas mulheres – não importa se elas já trabalham no setor de tecnologia ou planejam ingressar algum dia – para o potencial que um cargo nessa área tem a oferecer. Para fazer a diferença e realmente conquistarmos igualdade de gênero no setor de tecnologia mundial, devemos procurar aproveitar esse otimismo e criar uma cultura mais inclusiva que atraia e retenha mulheres talentosas,” disse Gillian Tans, CEO da Booking.com. “É promissor e inspirador ver mulheres no setor de tecnologia fazendo coisas incríveis todos os dias, inclusive tomando medidas para se engajar com as próximas gerações, fazendo com que suas vozes sejam ouvidas e iniciando programas e iniciativas que aumentem a diversidade de gênero entre os trabalhadores da área.”

Assumindo a liderança

Seja trabalhando em uma empresa multinacional de tecnologia ou em uma startup recém-fundada, as profissionais de tecnologia estão tomando atitudes para superar os problemas de desigualdade de gênero no setor e defender outras mulheres. As profissionais da área no Brasil – e as que têm interesse em uma carreira neste setor – acreditam que as maiores oportunidades de ajudar são compartilhando suas experiências e perspectivas do setor de tecnologia com outras mulheres (54%) e orientá-las (51%).

Ainda, cerca de 2 a cada 5 brasileiras (45%) dizem que mulheres no setor de tecnologia têm a oportunidade de melhorar a diversidade de gênero ao participar de grupos e organizações sem fins lucrativos dedicadas a ajudar garotas e mulheres que atuam nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, matemática e tecnologia. Universitárias são quem mais acreditam que essas são fortes oportunidades (55%).

Mais diversidade

Apesar de as mulheres no setor de tecnologia se sentirem empoderadas para inspirar outras mulheres, mudar mentalidades e tomar a dianteira para derrubar as barreiras que existem pelo caminho, elas também acreditam que o setor de tecnologia tem a obrigação de investir em iniciativas de apoio. O primeiro passo é aplicar práticas de contratação pensadas em atrair mão de obra diversificada, reconhecida como a mudança mais importante, por mais da metade das mulheres brasileiras (57%).

“Com nossa pesquisa, além de inúmeras histórias de mulheres inspiradoras na área que ouvimos todos os dias, fica claro que as mulheres estão tomando as rédeas para iniciar uma mudança positiva no setor. No entanto, precisamos reconhecer que a responsabilidade também recai sobre o coletivo mais amplo – que inclui o setor de tecnologia, empresas, governantes e educadores,” disse Tans. “Temos a oportunidade de realizar mudanças reais e duradouras agora, além de deixar um legado para a próxima geração de mulheres na área.”

Quando perguntamos quais os passos fundamentais necessários para o sucesso e realizar mudanças positivas no setor, as mulheres brasileiras responderam que as empresas também precisam implementar políticas de plano de carreira com base em mérito (47%), tomar atitudes para aumentar a representatividade de mulheres em grupos internos e forças-tarefa (49%) e em cargos de liderança (44%), bem como garantir a igualdade de salários (46%).

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *