38% dos empresários reduziram jornada de trabalho

As empresas brasileiras vêm sentindo dificuldades para lidar com os fortes impactos da pandemia em seus negócios. Com o choque no faturamento, decidiram lançar mão de medidas emergenciais adotadas pelo governo. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou que, em média, 37,9% dos empresários da indústria, construção, serviços e comércio reduziram proporcionalmente salário e jornada de trabalho. Das 3603 empresas consultadas, em média 33,7% também informaram que haviam suspendido contratos.

As empresas adotaram, ainda, medidas como: decretação de férias coletivas adiantamento de férias individuais e de feriados não religiosos, além de redução de quadro funcional. Os dados consolidados de maio reforçam os números prévios divulgados pelo FGV IBRE, que mostraram que mais de 53% das famílias brasileiras tiveram seu trabalho afetado de alguma forma.

Serviços é o setor mais afetado

“O setor de serviços tem sido o mais afetado pela pandemia, e por isso foi que mais ajustou o quadro de funcionários, suspendeu contratos de trabalho e reduziu proporcionalmente salários e jornada de trabalho. Os segmentos mais afetados foram os relacionados aos serviços prestados às famílias, como de alimentação e alojamento, informa Viviane Seda, coordenadora das Sondagens do FGV IBRE e da pesquisa..

“Apesar disso, a expectativa da maioria das empresas do setor é de que voltem às atividades normais até o final do quarto trimestre”, acrescenta.

Menos de 10% operam normalmente 

Como o FGV IBRE tem verificado em seus estudos, apesar de a crise sanitária ter atingido toda a economia, os setores, e os segmentos que fazem parte de cada um deles, têm respondido de maneira diferente à retração na atividade. De acordo com o levantamento, somente 9,3% dos empresários do setor de serviços disseram estar operando normalmente. Seguido por construção (13,4%), comércio (13,7%) e indústria (15,1%), esse último muito puxado pela indústria Farmacêutica (45,9%).

Quando as empresas olham no horizonte à frente, a cautela quanto à retomada é maior entre os empresários da indústria e do comércio – 36% e 34,5%, respectivamente, esperam que a volta à normalidade se dê em 2021. Nesse quesito, empresários de serviços e da construção parecem um pouco menos pessimistas: a maioria acredita que a retomada se inicie até o final do terceiro trimestre, sendo 32,1% para serviços e 30,0% para a construção. 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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